17/09/2021
A esperada biografia de Lula, escrita por Fernando Morais, já tem o 1º volume e está em pré-venda, sendo lançada, oficialmente, dia 16 de novembro. O novo livro de contos de Chico Buarque, “Anos de chumbo” também tem pré-venda na Companhia das Letras e será lançado em 22 de outubro. A Velha Guarda da Portela faz show amanhã, com reabertura da quadra e transmissão on line.Diogo Nogueira faz uma grande live no sábado, filme de Eryk Rocha sobre o pai no exílio em Cuba será exibido no Macunaíma, os 117 anos do Botafogo são comemorados por torcedores como Roberto Falcão no ABI Esporte. Não perca filmes do festival de Cascais sobre Desenvolvimento Sustentável, o Alemão: Mulheres dirigem! e o de Cinema Russo, além de vários filmes e de duas séries: The Morning Show com Jennifer Aniston e Reese Witherspoon e a documental Ponto de Terror. O álbum do Buena Vista Social Club reeditado já chegou às plataformas digitais e Fernanda Abreu, garota sangue bom, aos 60, lança novo álbum. Toninho Geraes processa a gravadora de Adele por plágio de sua música “Mulheres”. Amanhã, tem shows on line com Maria Gadú e Fundo de Quintal no Viradão São Paulo durante 12 horas. Não perca o show de Diogo Nogueira com a Orquestra Ouro Preto e Áurea Martins continua com suas homenagens áureas aos domingos, há ainda apresentação on line de música clássica na Sala Cecília Meireles e peças teatrais. Continue sem aglomerações, vamos vencer a pandemia.
Por Vera Perfeito, diretora de Cultura e Lazer da ABI
Na ABI
Segunda-feira
19h30 – no ABI Esporte: com apresentação de Marcos Gomes. A pauta hoje é “Eu não gosto de futebol. Eu gosto é do Botafogo”. Para lembrar a passagem dos 117 anos do Botafogo de Futebol e Regatas, o ABI Esporte recebe hoje, os craques do jornalismo esportivo torcedores do Glorioso, Roberto Falcão, Aline Bordalo, Xico Teixeira e João Batista de Abreu.
Pelo canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube.
Terça-feira
19h30 – Cineclube Macunaíma exibe hoje A rocha que voa, de Eryk Rocha, sobre o exílio de Glauber Rocha em Cuba, entre 1971 e 1972. Às 19h30, tem debate com o diretor, os cineasta Sílvio Tendler e Rodrigo Ribeiro, o diretor de fotografia Miguel Vassy e a montadora Cristina Amaral. Assista o filme e o debate pelo canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube.
Quinta-feira
19h30 – Encontros da ABI com a Cultura entrevista hoje Ricardo Cravo Albim. Ele lança o livro “Pandemia e Pandemônio” e estreia programa na Rádio Roquete Pinto. Os entrevistadores são as jornalistas Vera Perfeito, diretora de Cultura da ABI, Zezé Sack, editora do site Guantanamera, ..
Pelo canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube.
Televisão
TV Globo – Globo Repórter: o programa mostra os cânions de Itararé, em São Paulo. No programa de hoje, a repórter Daniela Golfieri viaja pelo iterior do estado para mostrar as belezas naturais.
Segunda-feira – Canal OFF – Janaínas:Deusas do Mar: série com a surfista Érica Prado, ao lado de Tilamarri Santos, YAnca Costa, Suelen Naraisa e Nuala Costa.
Rock in Rio Card – na próxima terça-feira, 21, o festival abre as vendas para o encontro com abertura dia 2 de setembro do próximo ano. O ingresso dá direito a um dia de evento a ser escolhido posteriormente pelo cliente. Pelo site “Ingresso.com”. O preço da inteira é de R$545.
O Acqua Content – Festival de Cinema de Cascais, começa na quinta-feira, dia 23 e segue até o domingo, dia 26, no Anfiteatro da Casa da Guia, em Cascais, onde irá exibir produções cinematográficas do Brasil e de Portugal. Além de difundir o diálogo entre as obras destes países, a primeira edição do festival nasce com o objetivo de fomentar o desenvolvimento sustentável e vai abordar questões importantes relativas ao tema através dos seus filmes e painéis interativos, que contará com presenças representativas, tais como a do cientista ambiental Lucas Almeida Braga.
Abre o Festival, no dia 23, o documentário brasileiro Tamboro, do realizador Sergio Bernardes, que aborda as principais questões sociais e ambientais do Brasil, como o desmatamento da Floresta Amazônica. Outro destaque do tema é o filme Amazônia – O Despertar da Florestânia, a ser exibido no dia 24, às 15h, e após a exibição do filme, haverá uma conversa com a atriz e realizadora Cristiane Torloni.
Na programação que conta com mais de 10 filmes, ganham destaque ainda as produções luso brasileiras: O Grande Circo Místico de Cacá Diegues, coprodução da portuguesa Fado Filmes e a Luz Mágica e Alguém Como Eu, do realizador Leonel Vieira, que assina o roteiro com Adriana Falcão. A entrada é livre mediante inscrições feitas através do sitewww.acquacontentpt.com, onde também se encontra a programação completa.
Festival de Cinema Russo
O segundo Festival de Cinema Russo no Brasil abre sua edição de 2021 hoje e será realizado on-line em parceria com a plataforma de streaming Spcine Play. Até 10 de outubro, será possível assistir na mostra a oito novos filmes russos, completamente de graça. O Festival de Cinema Russo é organizado pela Roskino com o apoio do Ministério da Cultura da Federação Russa e exibido por todo o mundo. Em 2020, mais de 200.000 espectadores assistiram ao cinema russo em nove países. Eis a seleção de cinco títulos imperdíveis no festival:
4 – Na ponta (2020) – Este filme é um verdadeiro thriller esportivo! Aleksandra Pokrovskaia é uma famosa esgrimista russa que ainda tem um objetivo a alcançar no esporte: uma medalha de ouro olímpica. Mas, de repente, surge a jovem Kira Egorova, vencendo uma competição. Parece que Aleksandra só poderia desistir nesse cenário, mas ela decide ir em frente. O filme é baseado em um confronto real entre duas famosas esgrimistas de sabres russas, Sofia Velikaia e Iana Egorian. O papel principal é interpretado por Svetlana Khodtchenkova, que também estrelou em “Viking” (2016) e “Wolverine: Imortal” (2013).
FILMES
Mulheres no cinema: em 2021, completam-se 57 anos do golpe de 1964, que deu início a 21 anos de ditadura militar no Brasil. Neste período, o governo cancelou eleições, censurou a imprensa e atuou com brutalidade, perseguindo, prendendo, torturando e assassinando opositores. O golpe continua sendo explorado em filmes. Mulheres no Cinema reuniu 20 longas-metragens dirigidos por mulheres que abordam o período.
Que bom te ver viva (Brasil – 1989) – direção de Lucia Murat. Primeiro longa da diretora Lúcia Murat, é um marco, não só em sua carreira e no cinema brasileiro, mas principalmente na reflexão acerca de um período importante da história do Brasil: a ditadura militar.
AI-5 – O Dia que não Existiu (Brasil – 2004) – direção geral de Paulo Markun e direção artística de Adelia Sampaio. O documentário reconstitui a sessão da Câmara dos Deputados que, em dezembro de 1968, rejeitou o pedido do governo para processar o então deputado Márcio Moreira Alves (1936-2009). O episódio é tipo como pretexto para a edição do Ato Inconstitucional 5, que desencadeou o período mais duro da ditadura militar.
Memórias clandestinas ( Brasil – 2004) – direção de Maria Thereza Azevedo. O documentário é centrado em Alexina Crespo e sua atuação nas Ligas Camponesas, grupo que lutou pela reforma agrária e foi perseguido pelos militares. O filme também aborda a vida familiar de Crespo, que foi casada com Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas.
Corpo – [Brasil, 2007] – Com direção de Rossana Foglia e Rubens Rewald, a ficção narra a obsessão de um médico legista (interpretado por Leonardo Medeiros) em descobrir a identidade de um cadáver. O corpo fora encontrado em meio a restos mortais de presos políticos mortos durante a ditadura.
Memória para uso diário (Brasil – 22007) – Durante mais de 30 anos, Ivanilda procurou por sinais do seu marido, desaparecido desde 1975. Suas idas e vindas se combinam às ações de militantes e parentes das vítimas da ditadura e da violência policial no Rio de Janeiro. A partir da história dela, o documentário de Beth Formaggini mostra a ação do grupo Tortura Nunca Mais, que busca impedir que o que aconteceu no passado se repita no futuro.
Diário de uma Busca – [Brasil, França, 2010]. Em outubro de 1984, o jornalista Celso Castro foi encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, no que a polícia afirmou se tratar de suicídio. Este episódio é o ponto de partida deste documentário, no qual a diretora Flavia Castro, filha de Celso, investiga a vida e a morte de seu pai.
Marighella – [Brasil, 2012]. Líder comunista, preso político, parlamentar e autor, Carlos Marighella (1911-1969) foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira e assassinado por agentes do DOPS. Neste documentário, a diretora Isa Grinspum Ferraz, sobrinha de Marighella, recupera sua trajetória.
Os Dias com Ele – [Brasil/Portugal, 2012]. Em seu primeiro longa-metragem como diretora, Maria Clara Escobar volta a câmera para ela e seu pai, Carlos Henrique Escobar, filósofo e dramaturgo que foi preso e torturado durante ditadura militar. Em conversas com o pai, ela busca acessar memórias, quebrar silêncios e preencher lacunas sobre o período.
Hoje – [Brasil, 2013].Vera (Denise Fraga) é uma ex-militante política que realiza o sonho de comprar seu próprio apartamento. Para fazer a compra, ela usa o dinheiro da indenização recebida pelo desaparecimento de seu marido durante a ditadura. Mas, no dia da mudança, ele reaparece. Dirigido por Tata Amaral.
A Memória que me Contam – [Brasil, 2013]. Irene Ravache interpreta o alter-ego da diretora Lucia Murat ao viver uma ex-revolucionária que reencontra antigos companheiros de resistência em uma sala de hospital. Todos aguardam notícias sobre a saúde da também guerrilheira Ana (Simone Spoladore), personagem livremente inspirada na economista e socióloga Vera Silvia Magalhães (1948-2007), que foi amiga de Murat e a quem o filme é dedicado.
Setenta – [Brasil, 2013]. Em 1970, durante a ditadura militar, um grupo de 70 presos políticos foi enviado ao Chile como exigência para a libertação do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher (1913-1992), que havia sido sequestrado. O documentário de Emília Silveira fala com alguns dos ex-presos, 40 anos depois.
Repare Bem – [Brasil/Portugal/Espanha, 2013]. O documentário dirigido pela cineasta portuguesa Maria de Medeiros mostra o impacto da ditadura na família da brasileira Denise Crispim. Presa e torturada pelos militares enquanto estava grávida da filha, Eduarda, ela fugiu com a criança para o Chile, onde a violência da repressão voltou a atingi-las.
Retratos de Identificação – [Brasil, 2014] Durante a ditadura militar, presos políticos eram fotografados durante investigações, interrogatórios, exames de corpo de delito, processos de banimento e inquéritos policiais militares. O documentário da cineasta Anita Leandro confronta estas imagens com depoimentos de sobreviventes.
Galeria F – [Brasil, 2016]. O documentário de Emília Silveira narra a trajetória de Theodomiro Romeiro dos Santos. Capturado pelos militares, ele mata um sargento que tentava atingir um companheiro. Após cumprir nove anos da prisão e sobreviver à tortura, Theodomiro é ameaçado de morte e decide fugir. No filme, refaz o caminho da fuga ao lado do filho Guga, que entra em contato com a história do pai pela primeira vez.
Trago Comigo – [Brasil, 2016]. Telmo é um diretor de teatro aposentado que não consegue se lembrar totalmente do que passou durante a ditadura militar. Por isso, decide montar uma peça, combinando a memória com improvisos do elenco. Dirigido por Tata Amaral. Leia entrevista sobre o longa
Amores de Chumbo – [Brasil, 2017]. Após 40 anos, a escritora Maê reencontra o casal Miguel e Lúcia – ele um professor de sociologia e ex-preso político, ela a parceira que se dedicou a tirá-lo da prisão. Pelo ponto de vista desses três personagens, o filme revive a história política e social do Brasil nos anos de ditadura militar. Dirigido pela cineasta Tuca Siqueira.
Pastor Cláudio – [Brasil, 2017]. Uma conversa entre o psicólogo Eduardo Passos e Cláudio Guerra, assassino que esteve a serviço do Estado brasileiro durante a ditadura militar. Pastor Cláudio foi responsável por mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres de militantes que até hoje estão desaparecidos. Documentário de Beth Formaggini.
Histórias que Nosso Cinema (não) Contava – [Brasil, 2018]. O documentário dirigido por Fernanda Pessoa realiza uma releitura histórica da ditadura militar no Brasil, com foco nos 1970. Para isso, utiliza apenas imagens e sons de 27 filmes produzidos no período e que foram considerados pornochanchadas, o gênero mais visto na época. Leia a entrevista com a diretora.
Deslembro – [Brasil, 2018]. Joana vive em Paris quando a Anistia é decretada no Brasil. Contra a sua vontade, ela volta ao país onde nasceu mas do qual mal se lembra, e entra em contato com uma trágica parte de seu passado: o desaparecimento de seu pai nos porões do DOPS.
Torre das Donzelas – [Brasil, 2018]. Quarenta anos após serem presas e torturadas pela ditadura militar, um grupo de mulheres se encontra para relembrar sua passagem pela Torre das Donzelas, como era conhecida a área feminina do Presídio Tiradentes, em São Paulo (SP). Dirigido pela cineasta Susanna Lira.
– Começou ontem, a “II Mostra Alemã de Cinema: Elas Dirigem!”.
Serão exibidos seis longas, sendo cinco inéditos. Todos com legendas em português e acesso gratuito via CineSesc. A mostra faz parte das comemorações do Dia da Reunificação da Alemanha, 3 de outubro. A Alemanha atua em todo o mundo pela igualdade de gênero e a promoção dos direitos das mulheres.Os longas serão exibidos até 27 de outubro, com estreias às quintas-feiras. Cada obra permanecerá na plataforma por uma semana. As transmissões podem ser acompanhadas no site Cinema em Casa, do SESC.
Em setembro serão exibidos os seguintes filmes:
Esta semana – Golden Twenties: 91 minutos. Direção: Sophie Kluge. Elenco: Henriette Confurius, Max Krause, Inga Busch, Franziska Machens, Michael Maertnes, Blixa Bargeld. Ava (25) volta para casa e não sabe por onde começar. Todo mundo segue na vida enquanto nenhum de seus planos deu certo. Em busca do amor e de pertencimento, o caminho para uma vida autodeterminada parece interminável. Um bem humorado e olhar melancólico em um momento muito especial da vida. Avaliado “particularmente valioso” pelo Instituto Deutsche Film- und Medienbewertung (FBW).
23/9 – The case you – Alemanha, 2020, 80 min., documentário, inédito). Direção: Alison Kuhn. A diretora convidou cinco mulheres para passar vários dias com uma equipe em uma sala de teatro. Dentro deste espaço protegido, tentaram descobrir o que as conecta. As atrizes estão na casa dos vinte anos, e, junto com a diretora passaram por uma casting onde sofreram abusos sistemáticos de natureza sexual e violenta, assim como centenas de outras pessoas. A diretora, assim como as atrizes, queria suprimir este dia o mais rápido possível. Em um processo de superação. Alison Kuhn dirige e explora junto as mulheres em “The Case You”, o que aconteceu naquela época, como foi possível que isso acontecesse e o que agora significa para suas vidas e trabalho.
30/9 – Um peixe que nada de costas – (Ein Fisch, der auf dem Rücken schwimmt, Alemanha, 2020, 103 min., ficção, 12 anos, inédito). Direção: Eliza Petkova. Elenco: Nina Schwabe, Theo Trebs, Anna Manolova, Márton Peter Nagy.Andrea é uma mulher no início de seus 40 anos e com um passado desconhecido. Quando Phillip e seu filho Martin se apaixonam por ela ao mesmo tempo, Andrea acaba no meio de um complexo triângulo amoroso, rodeado por expectativas, medos e questionamentos. Enquanto passam um verão juntos, a relação entre os três se torna cada vez mais destrutiva e cheia de culpa.
Cinco filmes dirigidos por mulheres para ver no streaming em setembro:
Telecine – Além dos Limites – [Love & Basketball, EUA, 2000]. Monica e Quincy se conheceram no início dos anos 1980, quando ela se mudou para a casa vizinha à dele. O filme acompanha a história dos dois da infância à vida adulta, conforme correm atrás de um sonho em comum: jogar na NBA. Este é o longa de estreia da diretora americana Gina Prince-Bythewood, também conhecida por A Vida Secreta das Abelhas (2008), Nos Bastidores da Fama (2014) e The Old Guard (2020)
MUBI e no Reserva Imovision– Chocolate (Chocolat, França/ Camarões/ Alemanha Ocidental, 1988) – Uma mulher francesa retorna à casa onde viveu no Camarões durante a infância, numa viagem que traz lembranças da vida na África colonial, das tensões raciais e da relação com Protée (Isaach De Bankolé), empregado de sua família. Primeiro longa-metragem da francesa Claire Denis, diretora de filmes como Bom Trabalho (1999), 35 Doses de Rum (2008) e High Life (2018).
MUBI – First Cow [EUA, 2019] – Nos Estados Unidos do século 19, um cozinheiro solitário (John Magaro) e um imigrante chinês (Orion Lee) formam uma forte amizade e começam a ter sucesso vendendo bolos. Mas a longevidade do empreendimento depende da única vaca leiteira do local, que pertence a um rico proprietário de terras. Exibido na competição do Festival de Berlim, é o mais recente longa da americana Kelly Reichardt, diretora de filmes como O Atalho (2010) e Certas Mulheres (2016). Assista à uma cena de First Cow.
Netflix – Pray Away [EUA, 2021]. Em seu primeiro longa-metragem, a diretora americana Kristine Stolakis aborda as chamadas “terapias de conversão”, métodos amplamente condenados pela comunidade médica internacional que buscam mudar a orientação sexual de pessoas LGBT. No filme, a cineasta entrevista principalmente ex-líderes dos movimentos e organizações religiosas que ajudaram a espalhar a prática pelos Estados Unidos.
Vimeo – Torre [Brasil, 2017]. Este curta-metragem documental da diretora brasileira Nádia Mangolini usa a animação para mostrar o impacto da ditadura militar em uma família. O filme reúne relatos e lembranças de quatro irmãos – Isabel, Gregório, Virgílio e Vlademir -, filhos de Virgílio Gomes da Silva, considerado o primeiro desaparecido político do regime militar.
DOMINGO – Telecine Play: estreia o filme Um casal inseparável, escrito por Sergio Goldenberg e George Moura e dirigido por Sergio. Apesar de não ter um relacionamento como uma de suas principais metas de vida, a professora Manuela (Nathalia Dill) se encanta pelo pediatra Léo (Marcos Veras). Eles então iniciam um lindo romance que algum tempo depois chega ao fim. Em meio a conversas e reflexões sobre suas histórias juntos, a dupla tenta chegar a um denominador comum. 95 minutos.
SÉRIES
Apple TV+ – estreia hoje a segunda temporada da série The Morning Show com Jennifer Aniston. É um enredo sobre bastidores do poder, entretenimento, TV e assédio. A série – primeira original no streaming da gigante de tecnologia Apple – estreou em 2019 com Jennifer, Reese Whiterspoon e Steve Carrel no elenco. Jennifer interpreta Alex Levy, uma uma jornalista de sucesso, âncora do principal jornal matinal dos EUA , ao lado de Mitch Kessler (Steve Carrel). Tudo vai bem até que Mitch recebe uma avalanche de denúncias de assédio sexual e moral. É demitido e substituído por Bradley Jackson, uma repórter jovem e obstinada (Reese Whiterspoon). A relação entre Alex e Bradley é conturbada e tóxica – como os bastidores do programa – repleta de competitividade e puxadas de tapete. As duas são, ao mesmo tempo, adoráveis e odiáveis e é dessa dualidade que resulta parte do sucesso de The Morning Show. Ninguém é 100% boa e má e ambas refletem no trabalho e na vida comportamentos machistas nos quais foram criadas. Está tudo ali: machismo, etarismo e preconceito contra mulheres. Há muitos paralelos entre os bastidores do programa The morning show e os de Hollywood.
iTunes – Professor T – é uma série de drama policial britânica estrelada por Ben Miller, Emma Naomi, Barney White e Frances de la Tour, adaptação da série de TV belga de mesmo nome. A transmissão começou este ano e, além da mecânica da psicologia forense guiando tudo, ela conta com o charme próprio dos enredos ingleses.O personagem central, o Professor Jasper Tempest (Ben Miller), não trabalha em uma delegacia. Ele leciona na Universidade de Cambridge e é idolatrado no meio acadêmico. Rigoroso, genial e dono de um ar superior, ensina futuros investigadores a notar os detalhes que levarão à solução de um crime. Um dia, uma ex-aluna, hoje policial, o convoca para ajudar a achar um estuprador. Ele reluta, mas acaba aceitando. Assim, a cada episódio, um crime é resolvido com a ajuda dessa mente brilhante. Os pequenos dramas pessoais de Jasper também fazem parte da trama, mas com menor importância.A série é ótima. Ainda não tem previsão de lançamento no Brasil, mas está no iTunes. São seis episódios na primeira temporada. No segundo episódio, Ornella Vanoni canta em italiano “Sentado à beira do caminho”, de Erasmo Carlos e Roberto Carlos.
Netflix
À beira do caos (On the verge)- a série retrata o precipício emocional em que se equilibra um grupo de mulheres. Elas estão à beira dos 40; de um desastre conjugal (caso de Yasmin/Sarah Jones), da perda da sobriedade (Anne/Elisabeth Shue gosta de se drogar) e da falência ( é o que ocorre com Ell/ Alexia Landeau). Criada e estrelada pela atriz e roteirista franco-americana Julie Delpy (que faz Justine), a série narra os acontecimentos cotidianos na vida dessas grandes amigas. É drama e comédia. Não é uma grande produção, mas escapa de clichês. Como ela mistura visões morais de duas culturas – a protagonista e seu marido são franceses radicados na Califórnia -, o enredo não cai no politicamente correto rasgado de todos os enredos americanos. Com episódios curtos, ambientados em Los Angeles, a trama foi gravada na pandemia, mas sem Covid na história. A série pode horrorizar feministas, mas tem leveza e não quer ensinar, mas divertir com as desventuras de quatro mães batalhadoras e sem muito glamour.
Ponto de virada – 11/9 e a guerra contra o terror – série documental que convida o espectador a revisitar um período da História localizado num perto-longe. As imagens são aterradoras e elas não perderam o impacto. Há vídeos bem conhecidos e outros feitos por transeuntes anônimos, nas ruas de NY adjacentes às Torres. São novos ângulos para uma mesma tragédia. São cinco episódios de cerca de 1hora. O primeiro se concentra nos ataques. A partir do segundo, a produção tenta entender as razões do atentado. É aí que o “Ponto de virada” cresce. A série envereda nas interrogações de seu autor , Brian Knappenberger. O diretor recua nos anos 1980, quando ainda na época da Guerra Fria, as forças soviéticas lutaram contra o Afeganistão contra grupos de guerrilheiros mujahidin. No fim da década, eles saíram da região deixando a terra arrasada. O Talibã se aparelhava. Osama Bin Laden se instalou por lá. A Al-Qaeda se tornava concreta. Os Estados Unidos não viram perigo naquilo. Havia uma tempestade política em formação e ninguém notou. O testemunho de um repórter do The New York Times que atuou em Cabul naqueles tempos é impressionante. Ele conta que assistiu em um estádio a amputação da mão de um homem por roubo e um fuzilamento. A explosão do primeiro avião no WTC ninguém entendeu o que só aconteceu com a explosão do segundo aparelho. É emocionante o depoimento de uma funcionária do Pentágono que sobreviveu por pouco depois de salvar alguns colegas depois que um terceiro avião também se arremessou sobre o prédio. Imperdível.
Sex education – a terceira temporada da série britância estreou com oito episódios. Explora dúvidas e anseios relacionados à sexualidade de jovens. Em uma escola de ensino médio, Otis (Asa Bitterfield), intuitivo filho de uma terapeuta sexual, e sua incompreendida amiga Maeve (Emma Mackey) montam uma “clínica” de aconselhamento para colegas, que começam a lidar com inseguranças, paixões, etc. Na terceira temporada, o Colégio Moordale começa o ano sob as rédeas curtas da nova diretora, Hope (Jemima Kirke) que promete trazer “moral” e “decência” de volta à instituição. Enquanto isso, Otis começa a fazer sexo casiual, Eric (Ncuti Gatwa) e Adam (Connor Swindells) oficializam o relacionamento, Aimee (Aimee Lou Wood)( descobre o feminismo e Jean (Gillian Anderson) está grávida.
Prime Video – O jogo das chaves: estreou ontem. Oito amigos, em relacionamentos estáveis, aventuram-se em um jogo de descobertas sexuais, trocando casais, enquanto tentam se libertar da rotina. Nesta segunda temporada, alguns meses se passaram desde o último jogo das chaves e cada membro do grupo tenta reconstruir sua vida.
Globoplay
Retratos de uma guerra suja: o documentário reúne ótimas reportagens de Marcos Uchôa em países do Oriente Médio e mostra os impactos dos atentados de 11 de setembro na região. Não perca.
Blood&Treasure (Sangue&Tesouro): estreou ontem a série de ação e aventura. Danny (Matt Barr), um ex-agenrte do FBI especializado em arte e antiguidades roubadas, junta-se a Lexi (Sofia Pernas), uma esperta ladra de objetos de luxo, para encontrar um dos tesouros mais valiosos do mundo e impedir os planos de um terrorista.
Star+
Y: The last man (Y: o último homem) – baseada em HQ de ficção científica homônima, a série se passa em um mundo pós-apocalíptico onde quase todos os homens foram dizimados. Neste ambiente, o sobrevivente Yorick Brown (Bem Schnetzer) luta para restaurar o que foi perdido enquanto sua mãe, a senadora Jennifer Brown (Diane Lane), tenta controlar o pânico geral.
Impuros – terceira temporada. Os novos episódios foram filmados nas cidades do Rio de Janeiro e Montevidéu e dão continuidade à história do narcotraficante Evandro do Dendê e do policial Víctor Morello, que enfrentarão novos conflitos pessoais, familiares e criminais no contexto do narcotráfico da América Latina. Sérgio Malheiros rouba a cena como o traficante Wilbert que se sai muito bem tanto nas cenas de humor quanto nas dramáticas.
HBO Max – Cenas de um casamento: a partir de domingo. Lançado em 1973, o clássico “Cenas de um casamento”, de Ingmar Bergman, marcou época em minissérie de TV e filme. Agora, a história que acompanha um relacionamento em crise volta `acena, em nova roupagem e cinco episódios. E com um time de estrelas como Oscar Isaac (“Duna”) e Jessica Chastain (“Histórias cruzadas”).
PRÊMIOS
QUARTA-FEIRA
19hs – entrega do Prêmio Democratização de Cultura Stella Leonardos ao ambientalista Ailton Krenak e ao cineasta Silvio Tendler pela União Brasileira de Escritores. No YouTube no canal da UBERJ.
LIVROS
Lula, biografia, volume 1(R$74,90) Fernando Morais, em pré-venda na Amazon. A aguardada biografia do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, escrita pelo jornalista e biógrafo Fernando Morais, entrou em pré-venda nesta segunda. O primeiro volume de “Lula” (Companhia das Letras e Penguin), de 416 páginas, será lançado oficialmente no dia 16 de novembro e já aparece em livrarias on-line custando R$ 74,90. Os bastidores da maior perseguição política ao ex-presidente Lula, vítima de lawfare, os momentos históricos da sua vida e o legado em defesa da democracia serão contados na primeira biografia sobre um dos maiores líderes políticos internacionais.
O livro, que conta a trajetória pessoal e política de Lula e será dividido em dois volumes, começou a ser escrito em 2001 pelo jornalista Fernando Morais. Na primeira parte, que tem 416 páginas, o autor fala sobre a infância do ex-presidente, as greves do ABC Paulista quando ele foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), a primeira campanha eleitoral, o balanço dos seus governos como presidente da República, a prisão em 2019 e as anulações das condenações judiciais.O jornalista acompanhou Lula por uma década para escrever a sua biografia.
“Grudei nele a partir de 2011, logo que ele deixou a Presidência, antes de ele ser diagnosticado com câncer, para poder recuperar determinadas passagens, [saber dos] bastidores de governo. Era uma oportunidade de ouvi-lo dentro de um avião, por exemplo, longe de telefone, secretária, de audiência, isso e aquilo”, conta Fernando Morais.
Anos de chumbo – Chico Buarque de Holanda (Companhia das Letras), em pré-venda no site da editora. É o primeiro livro de contos do compositor e escritor e tem data marcada de lançamento: 22 de outubro. É o décimo título de Chico, de 77 anos, vencedor do Camões, o mais importante prêmio literário de língua portuguesa. O autor prepara uma prosa de atmosfera, com alusões “À barbárie do presente”. As tramas são carregadas de sexo, perversidade, desalento e delírio. No texto, há a pergunta: “O que ocorre quando um páis inteiro – metade numa direção, metade em outra – se deixa levar por esse tio de sedução”. “Para Clarice Lispector com candura”, um dos oito contos da coleção, discute o risco de idealizar uma imagem colocando em cena um fã fervoroso da autora de “A hora da estrela”. Um dia, o jovem aspirante a poeta é convidado À casa de sua escritora favorita. “Cida” é sobre a amizade sincera e ao mesmo temo superficial entre um morador do Leblon e uma solitária mulher em situação de rua, abordando temas atemporais. Outros contos falam de desatinos familiares, passeios por Copacabana e um casal em primeira viagem. No dia 22 de outubro, a Cia das Letras lança um edição especial de 30 anos do romance “Estorvo”, acrescida de textos e Roberto Schwarz, Sérgio Sant’Anna, Marisa Lajolo e Augusto Massi, com projeto gráfico especial.
A dama de branco (Companhia das Letras, R$59,90) – Sérgio Sant’Anna. Morto em maio de 2020, vítima de Covid, aos 78 anos, ele foi um autor completo . O livro é composto de 17 contos e uma novela e alguns desses textos já tinham sido publicados em jornais, revistas ou sites, mas há sete inéditros. Nos textos, a morte está mais presente do que nunca, mas sem lamúrias. Até a pandemia que levou o escritor aparece no conto que dá título ao livro. Seus ídolos estavam sempre em cena e é o que acontece nesse livro com everências a João Gilberto, Torquato Neto, Satie, Duchamp, Rimbaud, Joyce… Na única novela do livro, “Carta marcada”, estão personagens rodrigueanas, safadinhas, sedutoras e dissimuladas.
Crítica da colonialidade em oito ensaios ( Bazar do Tempo, R$65) – de Rita Segato, 70 anos. A autora é antropóloga, pesquisadora e docente que atuou no Brasil por 35 anos. Ela foi professora emérita na Universidade de Brasília e trata de mulheres indígenas, relações raciais, racismo na sociedade e na Academia, entre outros temas. Ela se tornou uma referência para o movimento feminista latino-americano. Sua obra inspirou o hino feminista chileno “Um violador em seu caminho”, cantado por quatro jovens que formam o coletivo Las Tesis.
Com anos de atraso, obra da intelectual argentina, referencia do pensamento feminista na América Latina, começa a ser publicada no Brasil.
O livro do xadrez (Fósforo, R$ 49,90) – Stefan Zweig. Escrito durante o exílio de Zweig no Brasil, a novela já foi adaptada duas vezes para o cinema. É a sua derradeira obra e enviou o original poucos dias antes de seu suicídio, em 1942. O nazismo, os horrores do século XX, a experiência do confinamento e a beleza do esporte são temas que perpassam a história ambientada num navio que parte de NY para Buenos Aires.
Esconjuro (Pallas, R$41) – Luís Pimentel. O autor apresenta aos pequenos leitores, num romance histórico, os acontecimentos em torno da Conjuração Baiana, também conhecida como a Revolta dos Búzios ou dos Alfaiates. O movimento foi orquestrado por negros escravizados, libertos, trabalhadores e integrantes de elites brancas liberais que, em 12 de agosto de 1798, espalharam pelas ruas de Salvador boletins convocando o povo À revolução.
Contra a moral e os bons costumes (Companhia das Letras )- Renan Quinalha. O livro disseca as políticas sexuais da ditadura brasileira, abordando o controle moral violento e repressivo direcionado aos grupos LGBT pelo aparato militar nos anos de chumbo. Professor de direito da Unifesp, advogado e ativista no campo dos direitos humanos, Renan Quinalha utiliza farta documentação de época, em especial os arquivos trabalhados pela Comissão da Verdade, para demonstrar que, apesar de ter raízes históricas mais antigas, no regime iniciado com o Golpe de 64 a repressão às pessoas que desafiavam a heteronormatividade ganhou nova dimensão. Além de revelar a sistematização da violência em todos os níveis – perseguição e censura a veículos como Lampião e Chana com Chana, fechamento dos pontos de encontro da comunidade, prisões, espancamentos, tortura –, Quinalha demonstra como um movimento social tão jovem como o LGBT conseguiu não apenas sobreviver, mas trilhar um caminho de conquistas de direitos fundamentais.
Hamnet (Intrínseca, R$64,90) – Maggie O’Farrell. A autora aborda a morte de Hamnet, o ilho de 11 anos de Shakespeare, em 1596. Anos depois, o dramaturgo deu a “Hamlet”, seu herói trágico, uma variação do nome do menino. Sem citar o bardo, e tentando preencher lacunas de uma história pouco documentada, a autora joga o foco sobre a mãe da criança, Agnes, e suas tentativas de salvar o filho.
Nossa parte da noite (Intrínseca, R$79,90) – Mariana Enriquez. É o primeiro romance publicado no Brasil da escritora portenha, um dos principais nomes da literatura latino-americana hoje. Mesmo quem já está acostumado com seus textos curtos, vai se surpreender com a lista de estranhezas. Anteriormente, a escritora lançou também pela Intrínseca, “As coisas que perdemos no fogo” e “Este é o mar”. No novo livro, Gaspar e seu pai percorrem de carro a Argentina, após a morte da mãe em circunstâncias misteriosas, em 1970. Dirigindo de faróis desligados à noite para despistar a vigilância, eles fogem de uma sociedade secreta que busca a vida eterna por meio de rituais sádicos. A escritora também fala dos crimes da ditadura e da chegada da AIDS em seu país, além de fazer uma reflexão sobre temas como legado e transmissão.
O debate (Cobogó) – o livro sobre a peça escrita pelos dois dos mais importantes roteiristas e diretores brasileiros, o pernambucano Guel Arraes, 53 anos, e o gaúcho Jorge Furtado, 62, foi recém-lançado dentro da coleção Dramaturgia. Há três décadas, eles dividem projetos e se preparam para a filmagem de “Grande sertão:Veredas”, em novembro. A história é ambientada em um futuro próximo , outubro de 2022, dia de um suposto debate entre Lula e Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições. No terraço de uma emissora, Marcos e Paula se encontram durante pausas no trabalho e, entre goles de café e tragos em cigarros, discutem o próprio debate, as eleições, posições políticas, paixões e ideias. Fala, ouvem, discordam, concordam, voltam a discordar. Tudo numa boa. Às vezes, o cabo de guerra entre os personagens sobre a função e a ética jornalística soa um tanto simplista: Paula defende o posicionamento político; Marcos, a isenção. Eles são um ex-casal que acaba de se separar após 20 anos de relação. Em meio ao debate profissional, embarcam também numa DR.
Nove cartas sobre a Divina Comédia (Bazar do Tempo)- de Marco Lucchesi. Nos 700 anos da morte de Dante, o livro do presidente da Academia Brasileira de Letras, que acaba de ganhar uma nova edição revista e atualizada com novos capítulos e imagens reunidas pelo designer Victor Burton, convida a desvendar os “mistérios de uma juventude de 700 anos”. São nove missivas (como os nove círculos do inferno) em que, num gesto de fraternidade, o autor se dirige diretamente ao leitor e discute com ele a contemporaneidade de Dante.
Cowboys do asfalto: música sertaneja e modernização brasileira – Gustavo Alonso (Univ. Fed. De Pernambuco) – nesse livro, ficamos sabendo que o segundeiro – a segunda voz na dupla de música sertaneja, muitas vezes, é o cérebro da dupla. O autor explica: “o virtuose é o Xororó, mas o mais articulado é o Chitãozinho. Cesar Menotti quando comparado Fabiano, tem uma voz pequena, mas é o cara que pensa a dupla, que fala bem com a imprensa. É o virtuose do pensamento. É algo que se leva em conta quando as vozes não se completam totalmente, alguém pode ter esse lado multitarefa. Luciano, por exemplo, clássica segunda voz sertaneja, acabou achando um projeto solo sem o irmão Zezé di Camargo meio que por acaso, mas em outro gênero: o gospel. Gravou umas músicas para a mãe como voz principal e acabou gerando grande interesse nas redes sociais. O mercado, porém, prefere manter o formato de dupla.
Redentor (Globo Livros, R$44,90) – Rodrigo Alvarez. O autor conta a história do Cristo Redentor, o monumento mais conhecido do Brasil, que completa 90 anos em outubro deste ano. O jornalista Rodrigo Alvarez, autor dos best-sellers Aparecida, Maria e Jesus, o homem mais amado da história, traz uma deliciosa narrativa baseada em pesquisa inédita sobre a história do famoso Cristo que está de “braços abertos sobre a Guanabara” e que foi escolhido como uma das 7 maravilhas do mundo moderno. É a primeira biografia completa do monumento inaugurado em 1931. Alvarez desfaz mitos e revela detalhes jamais divulgados de histórias como: as primeiras expedições à montanha corcunda, ponto estratégico já na época de dom Pedro I e local de refúgio para ex-escravos; a batalha dos católicos contra os ateus da República Velha para conseguir um pedacinho de terra para seu Cristo; os detalhes da criação da obra de arte em estilo art déco, numa incrível parceria entre um francês e um brasileiro; os cinquenta anos de abandono, malandragem e violência; e a entrada do Redentor na cultura popular brasileira; o Cristo proibido no carnaval de Joãosinho Trinta.
Henrique Lage (1881-1941), o grande empresário brasileiro que por amor criou um parque (Ed. Record) – Clovis Bulcão. O livro conta a saga de Lage que criou a Navegação Costeira, cuja frota tinha nome de Ita. Caymmy compôs “Peguei um Ita no Norte”. Lage foi casado com a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni e morava o Parque Lage.
A democracia na armadilha: crônicas de desgoverno(Intrínseca) – aqui estão coletados os principais artigos da colunista que mostram o desenrolar da tragédia deste governo.
O único avião no céu (Todavia, R$99,90) – Garrett M. Graff. O jornalista reuniu mais de 500 relatos com o bjetivo de reconstituir detalhadamente o dia que, em suas palavras, “marcou o fim da inocência americana”. Um dos relatos mais impressionantes foi do astronauta Frank Culbertson, há um mês na estação Espacial Inyernacional. Ao contatar a Nasa no começo da manhã, soube que dois aiões haviam se chocado com as torres do WTC, um outro acertara o Pentágono e “acabara de cair mais um na Pensilvânia”. A 640 mil km de distância, o astronauta conseguiu ver a coluna de fumaça preta que saía de NY e avançava pelo Atlântico. O zoom da câmera revelou a queda da segunda torre. Os rastros dos aviões que riscam os céus do país rumo a Washington haviam desaparecido porque o espaço aéreo dos EUA fora fechado. Só um avião estava no céu e cruzava o país rumo a aWashington: o Air Force One levando o presidente Bush de voltava à capital. Foram perdidas 2.977 vidas de 90 países, incluindo três brasileiros
MÚSICA
Buena Vista Social Clube – comemoração de 25 anos – entra , hoje, no streaming a reedição do disco comemorativo dos 25 anos de lançamento do Buena Vista Social Clube, agora com faixas inéditas das sessões de gravação conduzidas pelo guitarrista americano Ry Cooder. Ele conta que, na época, a gravadora quis lançar um CD simples e não um duplo porque achava que ninguém iria comprar. No entanto, venderam um milhão de cópias na Europa e nos EUA ganhou um Grammy de o melhor álbum tradicional latino tropical. Logo depois o Buena Vista virou um espetáculo, que pôs na estrada músicos que pouco de apresentavam, nonagenários como Compay Segundo, octogenários (o pianista Rubén Gonzalez) ou septuagenários (o cantor Ibrahim Ferrer e a cantora Omara Portuondo, sobrevivente do grupo e ainda na ativa, aos 90 anos). A turnê mundial se tornou um bem sucedido documentário de Wim Wenders em 1999, ano em que foi visto no Brasil (onde o disco vendeu mais de cem mil cópias). É imperdível!!!! Vou repetir aqui a dica na semana próxima.
Aldir Blanc inédito – O álbum Aldir Blanc inédito com interpretações de Maria Bethânia, Chico Buarque, João Bosco, Joyce, Ana de Hollanda e outros, tem lançamento previsto para o final deste mês pela gravadora Biscoito Fino. Bosco finalizou duas músicas após a morte do amigo: Acalento, em parceria com Moacyr Luz e cantada por Ana de Hollanda, e Agora eu sou diretoria, gravada por ele. João Bosco, 75 anos (a mesma idade de Aldir), conta que foi juntando trechos de diferentes letras que ele fez para campanha publicitária de uma cerveja que não foi adiante e virou um samba de uma alegria própria da energia de trabalhos deles como “Incompatibilidade de gênios”, “De frente para o crime”, “Bala com bala” e “Linha de passe”. A música fala sobre bar e futebol e avisa que “nós ainda estamos aqui correndo atrás da bola, ele agora é diretoria. E a mensagem dele está aí mais forte do que nunca”. Bosco e Aldir fizeram mais de 150 músicas juntos em mais de 50 anosBosco tem de carreira . Nas plataformas também já estão a canção Pro dia nascer Aldir, de Rodrigo Lessa e Manu da Cuíca, na voz de Thais Motta (Aldir considerava Manu a melhor letrista das novas gerações). E também foi lançado o álbum Como canções e epidemias, do cantor Augusto Martins e do pianista Paulo Malaguti Pauleira, como parte das comemorações do aniversário de 75 anos de Aldir. Tendo como título um verso de Caça à raposa (Aldir e João Bosco), o álbum de voz e piano, com 14 faixas, foi concebido antes da morte de Aldir. Augusto encontrou uma versão sua e de Pauleira, de 2005, de Altos e baixos(melodia de Sueli Costa) e fez o projeto.
Fernanda Abreu – a garota sangue bom completa 60 anos e lança um álbum de remixes, “30 anos e Baile”. O disco se refere à estreia de Fernanda Abreu na carreira solo com o LP “SLA Radical Dance Disco Club”, em 1990, que surgiu em plena ressaca do movimento de rock brasileiro (que ela viveu com a Blitz), com uma mulher que propunha a reconexão do Brasil com o pop dançante. Segundo Fernanda, o novo álbum é uma homenagem aos DJs que diziam não ter material para as pistas desde As Frenéticas e Rita Lee, à época do lançamento de “SLA Radical”.
Million years ago – é uma música lançada no álbum “25” (2015) da cantora britânica Adele que está sendo processada pelo brasileiro Toninho Geraes sob a acusação de que é um plágio de sua música “Mulheres”. O advogado do compositor constatou 88 compassos idênticos, similares ou com pequenas variações entre as duas canções, além de trechos de introdução, refrão e o final da música. Toninho congta que “Mulheres” ganhou versões em francês e espanhol, aumentando a circulação da música fora do Brasil.
Jazzmeia Horn – aos 30 anos, com duas indicações ao Grammy e importantes prêmios de jazz, cantora e compositora americana de Dallas acaba de lançar seu terceiro álbum “Dear love”, à frente do Her Noble Force, uma big band. Além de compor as músicas durante a pandemia e cantá-las, ela escreveu todos os arranjos de sopros e cordas e também produziu o disco (em 2019, ela esteve no Brasil, pela primeira vez, para shows). Ela também recita poemas ao longo das faixas.
Metallica – o Black Album da banda americana completou 30 anos em agosto e as comemorações começaram na última semana com o lançamento da edição remasterizada do disco e de “The Metallica Blacklist” – uma extravagância beneficente com 53 recriações, feitas pelos mais variados artistas ( do rock, hip hop, pop latino e até jazz), das 12 faixas. Destaques: saxofonista Kamasi Washington em “My friend of misery”; o combo Mexican Institute of Sound enche de eletrônicas e regionalismos mexicanos a famosa “Sad but true”. “Of Wolf and man” vira folk com o grupo Goodnight, Texas. Já My Morning Jacket tem visão desencanada de “Nothing else matters”, bandeando-se para o rock alternative, com toques sessentistas. O colombiano Juanes imprime suingue latino a “Enter Sandman” e tanto o grupo inglês Royal Blood quanto a cantora e guitarrista St Vicent ressaltam uo balanço em “Sad but true” com muita eletrônica e pirotecnias de guitarra. Em “The Unforgiven”, o Cage the Elephant dá toque indie à canção. Boas surpresas: com piano de Elton John e cello de Yo-Yo Ma, Miley Cirus (uma das grandes cantoras pop do momento) solta a voz em “Nothing else matters”. O colombiano J Balvin faz o trap latino de “Whenever I may roam”. E os violinistas mexicanos Rodrigo Y Gabriela devastam “The struggle within”. Tem ainda os covers, as revisões e o lado punk. Muito bom.
SHOWS/LIVES
HOJE
19h – Orquestra Sinfônica da UFRJ com Marco Catto (viola) estreia obra de Brenno Blauth dentro da série Orquestras sob a regência do maestro André Cardoso. Hoje, espetáculo será presencial com transmissão pelo YouTube da Sala e pela TV Alerj; amanhã, 19h, só presencial. No repertório, obras de Holst, Brenno Blauth, Farkas e Alexandre Schubert. Gustav Holst (1874-1934) – Brook Green Suíte H190:I – Prelude, II – Air,III – Dance; Brenno Blauth (1931-1993) – Introdução e Allegro para viola e cordas (estreia); Ferenc Farkas (1905-2000) – Zánkai Muzsika (Música para Zánka), I – Sonatina, II – Arietta, III – Rond; Alexandre Schubert (1970)- Sinfonietta para cordas (estreia):I – Intenso, II – Intermezzo, III – Adagio e IV – Veloz. Ingressos: 40,00. LINK PARA COMPRA PELA INTERNET: https://bileto.sympla.com.br/event/68717/d/106774
SÁBADO
20h30 – Orquestra Ouro Preto Sessions recebe Diogo Nogueira com repertório em homenagem a grandes nomes da MPB e do samba – o cantor se apresenta hoje com a Orquestra Ouro Preto com transmissão pela internet pelo YouTube da Orquestra e também pelos canais 500 e 530 (Like), da Claro TV. Sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, o repertório é uma homenagem especial a grandes nomes do samba e da música popular brasileira como Adoniran Barbosa, Cazuza, Gonzaguinha, Ivan Lins, dentre outros. O concerto foi gravado em um cenário de tirar o fôlego, na Joatinga, com vista para a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro. Ao lado de Diogo Nogueira, a Orquestra Ouro Preto promete levar para o público de casa, a combinação perfeita do suingue do samba com o clássico da música de concerto, em uma seleção musical de primeira com a beleza do Rio ao fundo.
O concerto de abertura conta a presença da convidada especial, a soprano Marília Vargas, que se apresenta junto aos alunos da Academia Orquestra Ouro Preto. No repertório, grandes clássicos da música erudita em um concerto gravado, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, um dos cartões postais da histórica Ouro Preto-MG. Marília Vargas é uma das mais ativas e respeitadas sopranos de sua geração. Formada em Canto Barroco, na Suíça, a cantora paranaense divide seu tempo entre concertos, aulas, master classes e festivais de música, que a levam regularmente a diversos países europeus, da América Latina, Japão e China. Diogo Nogueira, cantor, compositor, portelense, bom de bola e de samba, é hoje um dos principais nomes do cenário do samba brasileiro. Filho de um dos maiores sambistas do país, o cantor e compositor João Nogueira, ele cresceu embalado por choros, sambas e batuques em cantorias promovidas em casa pelo pai com amigos da música. É também apresentador do programa “Samba na Gamboa” (TV Brasil e TV Cultura). Já lançou 9 CDs e 4 DVDs, que venderam mais de 1 milhão de cópias, e foi indicado ao Grammy Latino por todos os seus álbuns – prêmio que venceu por duas vezes. Sua discografia rendeu 6 discos de ouro, 3 DVDs de ouro, 2 de platina e 1 de platina dupla. Emplacou quatro sambas-enredo na Portela, em carnavais consecutivos, todos com nota 10 dos jurados. Ano passado, comemorou 10 anos de carreira, com seu primeiro álbum com músicas autorais e inéditas, “Munduê”, que é um resgate das raízes do samba, ao lado de músicos e parceiros da nova e antiga geração do samba e choro.
22hs – Café de Hotel: a atriz e cantora com 25 anos de trajetória dentro do teatro musical tupiniquim, Alessandra Verney sobe ao palco do Teatro com Bolso, de Ana Beatriz Nogueira, para nova temporada de seu Café de Hotel.A diferença é que, no repertório o repertório tem canções autorais da artista, presentes apenas nas apresentações de estreia da turnê, em São Paulo e no Rio de Janeiro:Teto Azul, Café de Hotel e Picadeiro figuram entre as novidades do repertório que conta ainda com Beija Eu (Marisa Monte/ Arnaldo Antunes/ Arto Lindsay), Simples Assim (Lenine/ Dudu Falcão) e Bad Romance (Lady Gaga/ Nadir Khayat). E ainda: Solidão, que Nada (Cazuza/ George Israel/ Nilo Romero), So in Love (Cole Porter), Cartão Postal (Rita Lee/ Paulo Coelho) e Crazy Little Thing Called Love (Freddie Mercury), lançado em single em 2020 nas plataformas digitais. O espetáculo fica em temporada até o dia 9 de outubro, com sessões sempre aos sábados às 22h, via ZOOM. Os ingressos são gratuitos.
DOMINGO
13 hs – 80 homenagens áureas: todos os domingos nesse horário, a cantora Áurea Martins reúne vários cantores que homenageiam um nome do cenário musical. Serão 80 shows virtuais em homenagem as 80 anos de Áurea que não pode ser comemorado no ano passado, por causa da pandemia. Transmitida através do seu canal no YouTube. As lives ficam disponíveis no canal.
Endereço: https://www.youtube.com/channel/UCj70JFrxgQka3_5qGqZLX1A
TEATRO
DIARIAMENTE
QUINTA-FEIRA
18h30 – Festival de Teatro Virtual: a primeira edição do evento promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) exibe 25 espetáculos on-line de todas as regiões do país. Sex: “A cripta de Poe”, com a Companhia Nova de Teatro. Qui: “Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo“, do Núcleo Atmosfera de Dança-Teatro. Sex: “Suele, Nara, Ian“, com texto de Luísa Arraes. Qui e sex, às 18h30. Gratuito, com transmissão pelo YouTube. Livre. Até 28 de outubro. A programação é alterada semanalmente.
SEXTA-FEIRA
18h30 – Festival de Teatro Virtual: a primeira edição do evento promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) exibe 25 espetáculos on-line de todas as regiões do país. Sex: “A cripta de Poe”, com a Companhia Nova de Teatro. Sex: “Suele, Nara, Ian“, com texto de Luísa Arraes. Qui e sex, às 18h30. Gratuito, com transmissão pelo YouTube. Livre. Até 28 de outubro. A progamação é alterada semanalmente.
19hs – Vaca malhada de hematomas no Teatro com Bolso, criado por Ana Beatriz Nogueira em sua própria casa, na Gávea, para exibição remota de montagens culturais. Gerado a partir do livro homônimo de Stella Stephany, o projeto tem interpretação de atores consagrados como Irene Ravache, Bárbara Paz, Mateus Solano e Paulo Betti e segue em cartaz até amanhã, sempre aos sábados, no mesmo horário. Os ingressos para a apresentação on-line e gratuita estão disponíveis na plataforma Sympla.
21hs – Teatro Com Bolso – À procura de uma dignidade: com Sandra Pêra e direção de Ana Beatriz Nogueira, baseado em conto de Clarice Lispector. Conta a história de uma mulher, moradora do Leblon e frequentadora de eventos culturais, que sai para uma palestra e vai parar, por engano no estádio do Maracanã e, onde passa um longo tempo perdida entre os corredores escuros. O texto traz remas como sexualidade na terceira idade e a procura pela própria identidade. Aos sábados e domingos, com o preço popular de R$10, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla, assim como a exibição até o dia 26 de setembro. Gravado na casa da diretora.
21hs – Bicicleta de papel – a peça é com Lucas Papp e Leonardo Miggiorin, texto de Lucas Papp e direção de Ricardo Grasson. A história sobre amizade, superação e o poder de se perdoar se passa na noite do dia 31 de dezembro de 2000, quando conhecemos Ian, um rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta de culpa. Suas únicas companhias para o réveillon são um gravador, uma bolinha de borracha e o peru que nunca fica pronto. Noah, seu melhor amigo, entra em sua casa com uma missão, passar o Ano Novo com Ian e provar-lhe que ainda há tempo para viver. Uma história sobre amizade, superação, e o poder de se perdoar. Teatro Vivo em casa. Gratuito e transmissão on line.Transmitidas diretamente do Teatro Vivo para todo o Brasil.
DOMINGO
18hs – Bicicleta de papel – a peça é com Lucas Papp e Leonardo Miggiorin, texto de Lucas Papp e direção de Ricardo Grasson. A história sobre amizade, superação e o poder de se perdoar se passa na noite do dia 31 de dezembro de 2000, quando conhecemos Ian, um rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta de culpa. Suas únicas companhias para o réveillon são um gravador, uma bolinha de borracha e o peru que nunca fica pronto. Noah, seu melhor amigo, entra em sua casa com uma missão, passar o Ano Novo com Ian e provar-lhe que ainda há tempo para viver. Uma história sobre amizade, superação, e o poder de se perdoar. Teatro Vivo em casa. Gratuito e transmissão on line.Transmitidas diretamente do Teatro Vivo para todo o Brasil.
19hs –Chopin ou o tormento do ideal: a atriz Nathalia Timberg, aos 92 anos, fará sua primeira peça on-line pelos canais YouTube/Sescsp e Instagram/sescaovivo. Ela divide o palco com a pianista Clara Sverner, que também se aventura de maneira inédita pelo formato. “Sinto-me privilegiada em fazer esse espetáculo, pois não há como ficar indiferente à música de Chopin” – diz Nathalia sobre a montagem que reúne música, texto e poesia. “A missão nova e desafiadora, que é levar tudo isso para ambiente on-line, torna a experiência mais apaixonante” – completa a atriz.