O Instituto Vladimir Herzog promove na noite desta quarta-feira, 14 de março, o lançamento do livro “As capas desta história”, que reúne mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio durante o período do regime da ditadura militar (1964-1985). O evento será às 19h, no restaurante Carpe Diem, em Brasília.
A obra integra o projeto “Resistir é preciso” idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog, cujo objetivo é manter viva a memória do povo brasileiro sobre a luta da imprensa contra o regime ditatorial, que resultou na prisão e morte de muitos profissionais.
O livro traz também a capas de jornais considerados precursores das publicações que foram editadas nos chamados anos de chumbo. São imagens de jornais que rodaram em países como Argélia, Chile, França, Itália, México e Suécia.
Na seção dedicada aos jornais clandestinos, há publicações das principais tendências de esquerda editadas naqueles anos de perseguição política e censura, como a Aliança Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella, que editou O Guerrilheiro. O livro menciona também o jornal Palmares, que publicação da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), de Carlos Lamarca.
Capas de jornais do movimento estudantil, a exemplo de Movimento, da imprensa satírica Pif-Paf, experimentos literários, além de publicações ligadas ao movimento negro, ambiental e gay que ganharam uma seção especial.
O livro “As capas desta história” traz ainda referências a publicações lançadas por exilados e até agora inéditas no Brasil, que se destacam ao lado de capas de jornais mais populares, como O Pasquim, Opinião e o Unidade, criação do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.
A obra está associada a uma coletânea de 12 DVDs, lançada em junho do ano passado, com depoimentos de 60 jornalistas que vivenciaram e enfrentaram dificuldades na época. O produto pode ser encontrado no site do Instituto Vladimir Herzog, no endereço
http://www.vladimirherzog.org/.
* Com informações do Instituto Vladimir Herzog.