03/10/2008
Em 31 de julho, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça reuniu em Brasília os Ministros Paulo Vanucchi e Tarso Genro e representantes de organizações da sociedade civil, tais como a ABI, a OAB e a UNE, para debater a Lei de Anistia de 1979 e a responsabilização de agentes de crimes contra os direitos humanos durante o período da ditadura militar.
O resultado deste encontro é destaque da edição nº 331 do Jornal da ABI. Na ocasião, o Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo, defendeu que a Lei não beneficiou os torturadores e outros agentes públicos que praticaram violências contra os direitos humanos, os quais poderiam ser responsabilizados judicialmente para fins cíveis, criminais e administrativos, e reafirmou que isso depende de uma providência prévia, que é a abertura dos arquivos da repressão e das Forças Armadas, a fim de se permitir a identificação dos autores desses crimes.
A edição traz ainda, entre outros assuntos, uma reportagem sobre o funcionamento da editoria de Economia dos grandes jornais e revistas — especializados ou não no tema —, entrevistas com o maestro Isaac Karabtchevsky — que, juntamente com a Orquestra Petrobras Sinfônica, foi um dos pontos altos da festa do centenário da ABI no Theatro Municipal do Rio —, com o ex-Ministro Bernardo Cabral e com o jornalista José Domingos Raffaelli, que se tornou referência quando o assunto é jazz.