Agindo no deserto em que se transforma a região, ladrões roubaram na madrugada do dia 1º na sede da ABI dez conjuntos de letras de bronze com os nomes de jornalistas que participaram do esforço para a construção do Edifício Herbert Moses, construído entre 1936 e 1938 e inaugurado em setembro de 1938. Entre os nomes desfalcados estão os de Arnon de Mello, pai do ex-Presidente e Senador Fernando Collor, e Apparício Torelly, o Barão de Itararé.
As letras roubadas integravam o conjunto dos nomes de 94 jornalistas homenageados pela ABI por sua contribuição à construção do Edifício Herbert Moses e compunham um painel encimado pela legenda “Esta Casa, ideal de duas gerações de jornalistas, erigiu-se pela força do enthusiasmo e tenacidade de Herbert Moses, assistida do espontâneo e decisivo apoio do Presidente Getúlio Vargas, da solidariedade dos consócios destacados os conselheiros” (seguem-se os nomes deles), situado na curva da parede lateral do hall térreo do prédio, que foi tombado em setembro de 1984 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional–Iphan.
O furto foi registrado pela ABI na 5ª Delegacia Policial, com pedido de investigação que alcance os ferros-velhos instalados na cidade, possíveis compradores da forte massa de metal constituída pelas letras, num total de 150 caracteres.
As letras subtraídas pelos ladrões são as dos nomes de Antenor Novaes, Arnon de Mello, Álvaro Trindade Cruz, Apparício Torelly e Assis Memória, últimas mencionadas na primeira fila de homenageados, na qual figuram Affonso de Magalhães, Alfredo João Louzada, Alfredo Neves, Álvaro Brandão, Álvaro Freire, Álvaro Moreyra, Ângelo Neves, Annibal Martins Alonso, Antônio Souza e Silva, Antônio Cícero, Armando Gonzaga, Arthur Guaraná, Aureliano Machado, Austregésilo de Athayde, Barbosa Lima Sobrinho, Bastos Tigre, Belfort de Oliveira, Belisário de Souza, Berilo Neves, Carivaldo Lima, Carlos Manhães, Carlos Maul, Carvalho Neto, Claudino Victor, Costa Rego, Custódio de Almeida, Danton Jobim, Dario de Almeida Magalhães, Dario de Mendonça, Dunshee de Abranches, Edmir Pederneiras, Elmano Cardim, Francisco Galvão, Francisco Pessoa de Queiroz, Francisco Souto, Franklin Palmeira, Gabriel Bernardes, Gastão de Carvalho, Heitor Beltrão, Heitor Moniz, Helio Silva e Ary Franco.
Foram levados também os caracteres de bronze dos nomes de Fernando Castro Rebello, Heliomar Carneiro da Cunha, Reis Vidal, Rodolpho de Carvalho e Vitorino de Oliveira, que fechavam a segunda relação de nomes, integrada por Horácio Cartier, Hugo Barreto, Jarbas de Carvalho, J. A. Pereira Rego, João Mello, Jocelyn Santos, Jorge Maia, José Guilherme, José Mattoso Maia Forte, Júlio Barbosa, Leão Padilha, Lincoln Nery, Lourival Fontes, Manuel Gonçalves, M. Lourenço de Magalhães, Mário Domingues, Mário Nunes, Mário Tarquínio e Souza, Martins Capistrano, Mazzini Seroa da Motta, Mozart Lago, Nestor Guimarães, Octávio Tavares, Orlando Dantas, Oscar Costa, Oscar Fagundes, Oscar Sayão, Osmundo Pimentel, Oswaldo de Souza e Silva, Paschoal Ferrone, Paulo Filho, Pedro Timótheo, Póvoas de Siqueira, Raphael Pinheiro, Raul Borja Reis, Raul Pederneiras, Rodolpho Motta Lima, Romeu Ribeiro, Sátyro Rocha, Vivaldo Coaracy, Wladimir Bernardes e Edgar Costa.
Na elaboração da lista ficou visível a preocupação de Moses de dar tratamento igual a estes seus companheiros: a lista principal e seus dois acréscimos registram os nomes em ordem alfabética.