A Justiça do Paraná decidiu que o assassino confesso do cartunista Glauco Villas Boas e seu filho Raoni é inimputável. Com isso Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, vai cumprir pena de três anos em um hospital psiquiátrico. A sentença foi proferida na sexta-feira, 27 de maio, pelo Juiz Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, afirmando que o réu não tinha condições de compreender o que estava fazendo no momento em que cometeu o crime.
Com essa decisão o juiz acatou parecer do Ministério Público do Paraná (MP-PR), com base em um laudo entregue à Justiça Federal local (JFPR) que considerou que Cadu sofre de esquizofrenia paranóide, doença que torna a pessoa incapaz de entender a gravidade dos seus atos.
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No dia em que cometeu o crime Cadu estava sob o efeito de maconha e haxixe. De acordo com o MP, a doença de Cadu pode ter-se agravado “por conta do uso imoderado de substâncias alucinógenas, do fanatismo religioso e a crença no sobrenatural”.
Cadu permanecerá internado no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba, onde se encontra desde o ano passado. Em sua sentença, o juiz determina que sejam apresentados laudos que confirmem ou não a cessação de periculosidade do réu.
Glauco Villas Boas e Raoni foram mortos com quatro tiros cada um, na madrugada do dia 12 de março de 2010. Cadu foi preso dois dias depois, quando tentava fugir para o Paraguai em um carro roubado.
* Com informações da Justiça Federal do Paraná.