10/06/2022
Ameaçado de perda do mandato na câmara de vereadores de Curitiba sob a acusação de perturbação de prática de culto religioso, o vereador Renato Freitas (PT) participou na quinta-feira (9) do ato O Brasil em Julgamento, realizado para analisar o caso e debater a liberdade religiosa e de expressão.
Reunidos no auditório da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro advogados e professores atuaram nesse julgamento simulado, na defesa e na acusação. A sessão foi presidida pela primeira Desembargadora negra do Estado do Rio, Ivone Caetano, numa iniciativa do Centro Cultural da Justiça Federal. O jornalista Marcos Gomes, Coordenador da Comissão de Igualdade Étnico Racial representou a ABI nesse ato.
Atuaram na defesa do vereador Renato Freitas os advogados Saul Tourinho Leal, Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, Renato Ferreira e William Douglas. A acusação teve a participação dos advogados Paulo Cremoneze, Ludmila Lins Grilo, o jornalista Bernardo Kuster e o deputado federal Helio Bolsonaro.
Em sua defesa o vereador curitibano negou a acusação de interrupção do culto religioso na igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito e afirmou que entrou de forma pacífica e com a missa já no fim.
A Arquidiocese de Curitiba se manifestou contra a cassação do mandato, embora tenha registrado que houve “desrespeito a lugar sagrado”, enquanto que o Conselho de Ética e Decoro da Câmara acatou o pedido de cassação do vereador e, no último dia 19 a Justiça suspendeu a sessão do plenário do legislativo que votaria a perda do mandato de Renato de Freitas.