Por Igor Waltz*
10/01/2014
O Ministério das Relações Exteriores da Suécia confirmou nesta quarta-feira, 8 de janeiro, que dois jornalistas suecos sequestrados na Síria foram libertados. O correspondente Magnus Falkehed e o fotógrafo Niclas Hammarstrom, ambos de 45 anos, trabalhavam no país árabe e estavam desaparecidos desde o dia 25 de novembro.
“Foram libertados e já podem se reunir com suas famílias”, declarou à televisão pública SVT Catarina Axelsson, porta-voz das Relações Exteriores.
Estocolmo não forneceu mais dados sobre as circunstâncias da libertação, mas, segundo a agência sueca “TT”, que cita fontes ligadas ao caso, ela aconteceu após uma negociação em que os sequestradores exigiram o pagamento de dinheiro.
Os jornalistas trabalhavam na cobertura do conflito na Síria em áreas controladas pelos rebeldes. Eles desapareceram, juntamente com seu guia, perto da fronteira com o Líbano, quando estavam indo para casa.
De acordo com a porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Samar Kadi, os dois profissionais já se encontram em território libanês.
“Nós recebemos o jornalista Magnus Falkehed em Arsal (Líbano). Não tivemos nada a ver com as negociações para sua libertação. Fizemos essa gestão por reivindicação da embaixada da Suécia, para onde foi transportado e recebido pelos diplomatas do país”, afirmou Kadi.
Fontes diplomáticas dizem que o fotógrafo Niclas Hammarstrom já havia sido solto no sábado, 4 de janeiro.
A Síria é considerado o lugar mais perigoso do mundo para o trabalho jornalístico. Segundo a organização “Repórteres sem Fronteiras”, ao menos 25 jornalistas foram mortos no país desde o início da guerra civil.
* Com informações das agência EFE, AFP e Diário da Rússia.