Jornalista émorto na Líbia


20/05/2011


Os jornalistas americanos Clare Morgana Gillis e James Foley, o freelancer britânico Nigel Chandler e o fotógrafo espanhol Manuel Varela, libertados por autoridades líbias nesta quinta-feira, 19, denunciaram que o fotógrafo sul-africano Anton Hammerl, 41 anos, preso com o grupo e desaparecido há seis semanas, foi morto por agentes de segurança do Governo líbio. O ataque aconteceu nos arredores da cidade de Brega.
 
A família de Anton Hammerl informou que o fotógrafo morreu com um tiro no estômago, logo após ter sido abandonado no deserto por agentes do ditador Muamar Kadafi.
 
“Nós sabíamos coletivamente que se falássemos da morte de Hammerl enquanto presos, estaríamos nos colocando em perigo ainda maior. Mas agora que estamos livres, é nosso imperativo moral contar a história deste grande jornalista e pai”, disse um dos jornalistas libertados.
 
O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi criticado por não ter discutido a situação de Hammerl na reunião com Kadafi realizada no último mês de abril.
 
O Chanceler sul-africano Maite Nkoana-Mashabane, que assegurou ter provas de que Hammerl estava vivo, disse nesta sexta-feira, 20, que o Governo líbio mentiu sobre a situação do jornalista.
– Estávamos recebendo garantias no mais alto nível de que ele estava vivo, até o momento em que seus colegas foram libertados e compartilharam essas informações.
 
Hammerl, que também tem nacionalidade austríaca, morava há cinco anos em Londres, e deixou três filhos. Os fotógrafos Tim Hetherington e Chris Hondros também foram mortos no último mês de abril, durante uma ofensiva na cidade de Misurata.