12/11/2008
José Reinaldo Marques
Com o lançamento na próxima segunda-feira, dia 17, do livro “Os dez mais do Flamengo”, o jornalista Roberto Sander inaugura a Coleção Ídolos Imortais, de sua Maquinária Editora, com a qual pretende resgatar a história dos maiores jogadores dos grandes clubes do futebol brasileiro. O evento — que acontece dois dias depois do aniversário do clube — começa às 19h, no Salão de Troféus do Flamengo, na sede da Av. Borges de Medeiros, nº 997, no bairro carioca do Leblon.
Segundo Sander, a escolha dos jogadores destacados no livro foi feita por meio de enquete com os jornalistas Fernando Calazans, Ruy Castro, Roberto Assaf, Luiz Mendes, Marcos Eduardo Neves, Sérgio Noronha, Luiz Fernando Vassalo, Renato Maurício Prado e Antonio Maria Filho. Os ídolos eleitos do Flamengo foram: Zizinho, Domingos da Guia, Dequinha, Evaristo, Dida, Leônidas, Rubens, Zico, Júnior e Leandro.
Com 184 páginas e dezenas de fotos e caricaturas, o livro ilustra, por meio das histórias desses jogadores, toda a trajetória de glórias que, segundo o autor, “levaram o Flamengo a se transformar num fenômeno imbatível de popularidade”. Uma das histórias interessantes do livro, destaca Sander, é a que se refere à quase ida do ídolo Zico para o rival Vasco da Gama. Diz ele que o Galinho estava disposto a aceitar a proposta, mas foi demovido da idéia pelo pai, Seu Antunes, e o então dirigente George Helal.
Botafogo, Fluminense e Vasco serão os próximos clubes do Rio contemplados pela Coleção Ídolos Imortais. Também ganharão livros os paulistas Corinthians, Santos, Palmeiras e São Paulo; os gaúchos Grêmio e Internacional; e os mineiros Cruzeiro e Atlético.
Fonte
Roberto Sander conta que a idéia de lançar a coleção surgiu este ano, após um jogo amistoso entre a seleção brasileira e a seleção da Suécia, que comemorava o cinqüentenário da Copa de 1958:
— Chamaram minha atenção os comentários veiculados na mídia sobre a total desinformação dos atuais jogadores da nossa seleção Brasileira sobre os atletas de 58. Então, resolvi escrever sobre os dez maiores ídolos do passado de cada grande clube. Na minha opinião, caberia às agremiações de futebol essa responsabilidade de passar para os seus atletas, desde as formações de base, um pouco da sua história, para que essa memória não seja esquecida.
O jornalista acrescenta que a Coleção Ídolos Imortais foi idealizada como fonte de pesquisa para quem tem interesse por futebol:
— Trata-se de um material que foi criado para resgatar a história de jogadores que foram os verdadeiros responsáveis pela relação de paixão dos torcedores pelos clubes, iniciada no século XX. Foram Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Zizinho e Evaristo que ajudaram a fazer do Flamengo o clube da massa, quando ele abriu suas portas para os atletas negros na década de 30.
Novas gerações
Sander espera que os maiores jogadores brasileiros não caiam no esquecimento:
— O mais importante é contribuir para que as novas gerações conheçam as histórias dos fenômenos do nosso futebol. É uma satisfação muito grande saber que os mais jovens vão conhecer melhor cada um desses craques, de suas ligações com o futebol ao contexto social em que se desenvolveram. Esse é o encantamento dessa coleção.
A idéia é também mostrar os jogadores como patrimônios e ídolos de todas torcidas:
— Zizinho e Domingos, assim como Rivelino, Pelé, Tostão e Tesourinha, são o grande tesouro do futebol brasileiro. Eles fazem com que eu me sinta um arqueólogo resgatando o passado.
O lançamento do próximo volume, “Os dez mais do Corinthians”, escrito pelo jornalista Celso Unzelte, da ESPN, está programado para dezembro.