Por Edir Lima
05/09/2016
A Agência de Notícias AFP informou que o fotojornalista do jornal britânico “The Times” Anthony Lloyd, sequestrado em 2014 junto a outro colega pelos rebeldes enquanto cobria o conflito na Síria, afirma que um de seus captores forma parte de um grupo de combatentes apoiado pelas forças americanas.
Em um artigo publicado neste sábado (3) no “Times”, Lloyd explica que recentemente reconheceu a pessoa que atirou contra ele e o sequestrou em um vídeo que mostra combatentes rebeldes “pertencentes a um grupo apoiado pela CIA”, a agência de inteligência americana.
Segundo a publicação, durante seu cativeiro, Anthony Lloyd foi baleado na perna e o fotógrafo Jack Hill foi duramente espancado. Os dois jornalistas foram finalmente libertados por ordem de um comandante local rebelde.
“Atirou contra mim em meio a uma multidão de espectadores depois de ter me espancado selvagemente, acusando-me de ser um espião da CIA. Agora, pelo que parece, trabalha para ela”, escreveu Lloyd, ressaltando que foi baleado duas vezes “quase à queima-roupa” e quando estava amarrado.
“Homens assim são os últimos aliados dos ocidentais contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria”, acrescenta.
Os militares americanos lançaram no início de 2015 um programa de US$ 500 milhões para formar e equipar combatentes sírios que lutassem contra o EI.