O Governo do Irã prendeu dois jornalistas alemães que entrevistavam Sajjad Ghaderzadeh — filho da iraniana Sakineh, condenada à morte por adultério —, e o seu advogado, Houtan Kian. O fato foi divulgado nas edições da última segunda-feira, 11 de outubro, dos jornais Le Monde e El País, com base em informações do Comitê Internacional contra o Apedrejamento e a Pena de Morte.
As autoridades iranianas negam a prisão dos jornalistas, mas a ativista Mina Ahadi contou ao El País que estava falando ao telefone com um deles quando ocorreram as prisões. O paradeiro dos repórteres ainda é desconhecido.
Em entrevista ao jornal francês Le Monde, Mina Ahadi disse que Sajjad havia aceitado dar a entrevista desde que esta fosse feita no escritório do seu advogado, talvez já temendo uma represália do Governo iraniano:
Em seu depoimento ao Le Monde, Mina disse que estava em Frankfurt traduzindo a entrevista, quando houve o incidente: “O jornalista alemão perguntou o que estava acontecendo e foi obrigado a desligar”, disse ela ao jornal. Depois disso, foram tentados contatos via celular com Sajja, Houtan Kian e os repórteres alemães, mas os aparelhos encontravam-se fora do ar desde então.
* Com informações do El País e Le Monde.