Inor Sotolongo – de Paris – o percussionista das estrelas


14/04/2021


Inor Sotolongo

Por Zeze Sack, Jornalista e membro da Comissão de Cultura da Abi.

Inor Sotolongo é um dos mais requisitados percussionistas pelos grandes nomes da música. Indicado ao Grammy em 2016. Nascido em Havana, se tornou muito cedo um cidadão do mundo. Já esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo nos anos 1990, no  quarteto de Ernán Lopez-Nussa, um grande pianista cubano, para várias apresentações.
Vive em Paris desde 2001 quando saiu definitivamente de Caba em busca do crescimento musical,”Paris é o umbigo do mundo, sou muito curioso para ficar num mesmo ambiente. Na França há muitos intercâmbios devido ao fluxo de artistas, e isso, me permite crescer profissionalmente”. Diz o músico.

– Como está a sua vida e da sua família nesses momentos terríveis com essa Pandemia?
Bem, tínhamos uma vida “quase regular”, digo isso, porque o artista não tem uma vida de rotina, mas sempre tentamos resolver da melhor maneira possível. De repente, tudo pára e ninguém sabe o que vai acontecer. É desconcertante. Sou casado com uma brasileira, temos 2 filhos : uma moça de 18 anos e um adolescente de 12 anos. Minha mulher é do meio artístico: Produtora, assessora de imprensa e manager.

Está sendo muito difícil conviver com tudo isso. A questão é que ficamos muito mais tempo juntos do que ficávamos antes, e, há momentos em que precisamos ficar sozinhos mas não é possível, então surgem problemas de privacidade no trabalho e a situação fica tensa.

Sem falar que me tornei um segundo professor a distância e tive que reaprender a estudar para ensinar aos  meus filhos. Não me incomoda em nada se posso ajudá-los, além do meu papel de pai,  é muito prazeroso.

Eu sou um dos poucos sortudos que conseguiram trabalhar durante a pandemia, apesar das restrições, houve gravações, shows streaming a partir de alguns  teatros e estúdios.  Viajei para fazer shows em alguns lugares da Europa e na Tunísia.  A pouco e fiz uma Master Class na Filarmónica de Paris. Também dou aulas particulares.

– Quais são os seus projetos para o  futuro quando acabar a Pandemia?
Nesse período aproveitei para dar continuidade a um projeto de composição pessoal e estou em vias de fazer um EP. Coincidentemente, antes da pandemia, comecei a escrever um método de percussão e veremos  em breve, o que vai resultar.

Até o fim da pandemia haverá muitos shows e eu só espero o momento em que possamos tocar para o público porque há muita demanda. As pessoas estão cansadas de assistir os streams e shows falsos de artistas conhecidos e desconhecidos.  “o ao vivo está Imposto”.

Os tours que estão por acontecer como percussionista titular tenho os projetos de YILIan Cañizares,  Oliver Ker OurioL, Samy Thiebault, Felipe Cabrera & Cuban Descargas, Las Maravillas de Mali, Adrien Brandeis, Laura Prince  e outros. Sem contar os grupos onde participo de vez em quando como substituto. E ainda, muitos e novos contatos para projetos futuros, com bailarinos e conservatórios.

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INOR SOTOLONGO ZAPATA
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