21/09/2009
O gol histórico de Amilcar
Amilcar Teixeira Pinto |
Em 6 de agosto de 1905, o time do América Futebol Clube realizava sua primeira partida oficial de futebol a convite do Bangu Atlético Clube, na Rua Ferrer, no campo do adversário.
O gol de honra e primeiro de sua gloriosa história, na goleada sofrida de 6 a 1, foi marcado por Amilcar Teixeira Pinto, que aparece na foto de camisa preta, calções brancos e meias pretas, uniforme substituído três anos depois pela camisa rubra por sugestão de Belfort Duarte.
O primeiro título amricano
Time campeão carioca de 1913 |
A vitória diante do São Cristóvão por 1 a 0 gol de Gabriel Carvalho, no dia 30 de novembro de 1913, deu ao América o título de campeão carioca. Com seis pontos perdidos, a equipe americana terminou com a vantagem de dois pontos sobre o Botafogo 3e do Flamengo. Os destaques do time eram o goleiro Marcos Carneiro de Mendonça, Belfort Duarte, Gabriel de Carvalho e o chileno Fernando Ojeda. Vemos de cima para baixo, a partir da esquerda, Luiz, Marcos e Belfort; F. Mendes, Jonathas e Lincoln; Witte, J. Moreira, Ojeda, Gabriel e Osman.
Novamente campeão em 16
Time campeão carioca de 1916 |
O triunfo sobre o São Cristóvão na penúltima rodada, em Figueira de Melo, garantiu o título por antecipação. O gol da vitória, como no ano anterior, foi marcado por Gabriel de Carvalho. Com 11 pontos perdidos a dois do América, o Bangu ficou com o vice-campeonato.
O time base era formado por: em pé, Ademar, De Paiva, Witte, Ferreira, Paulino e Paula ramos; agachados, Oscar, Ojeda, Gabriel, Haroldo e Álvaro.
Campeão do Centenário
Time campeão carioca de 1922 |
No ano do Centenário da Independência do Brasil, o título do América marcou a história do clube como o Campeão do Centenário. Mais uma vez, a equipe rubra era campeã por antecipação e o São Cristóvão era o adversário. A vitória por 3 a 1 diante dos alvos garantiu a vantagem de três pontos sobre o Flamengo. Na última rodada, o América venceu o Botafogo por 2 a 0 e só não manteve a diferença em relação aos rubro-negros, porque se recusou a jogar com o Fluminense a partida anulada pela Liga Metropolitana de Esportes Terrestres, que acatara o recurso tricolor por erro de arbitragem.
O América terminou o campeonato com 6 pontos perdidos e o Flamengo com 7. Os rubros apresentaram a seguinte formação base: a partir da esquerda, Barata, Miranda, Gonçalo, Perez, Oswaldinho, Ribas, Chiquinho, Matoso, Brilhante, Gilberto e Justo.
O campeão de 28 merecia o bi
Time campeão carioca de 1928 |
A forte equipe do América conquistou o título carioca de 1928 com apenas uma derrota. Com a mesma base do ano anterior, os rubros realizaram excelente campanha e terminaram o campeonato empatados com o Vasco da Gama.
A AMEA decidiu que o título seria disputado em uma série melhor de três. O primeiro jogo terminou com o empate de 0 a 0, no campo do Fluminense, e Oswaldinho bateu um pênalti na trave.
Quatro dias depois, no dia 14 de novembro, novo empate. Russinho marcou para o Vasco e Oswaldinho fez o gol americano. Surpreendentemente, no terceiro jogo, realizado em 24 de novembro, no campo do Fluminense, o América foi goleado por 5 a 0. A decepção tomou conta dos jogadores, dirigentes e torcedores americanos.
Surgiram suspeitas, nunca comprovadas, de que o jogador Floriano estava comprado. Essas acusações muito contribuíram para o fim da carreira do jogador. O bom rubro contava com Hidelgardo, Pena forte, Joel, Hermógenes, Floriano e Walter; Waldemiro, Sobral, Mário Pinto, Tavares e Celso, além de Osvaldo, conhecido como “Divina Dama” que não aparece na foto.
Carola, campeão de 31 e 35
Carola e Vicentino em 1935 |
A figura de Orlando dos Santos será lembrada eternamente pelos torcedores do América. Carola, apelido pelo qual ficou conhecido, fez parte das equipes campeãs de 31 e 35.
Em 31, o América dependia de dois resultados na última rodada. O Vasco venceu o Botafogo por 3 a 0 e os rubros derrotaram o Bonsucesso por 3 a 1. O time rubro conquistava seu quinto título com 10 pontos perdidos e o Vasco era o vice-campeão com 11.
Carola nuca esqueceu a conquista do campeonato carioca de 1935, primeiro do América no profissionalismo:
“Aquilo é foi ano. Não esqueço os 6 a 5 contra o Fluminense, perdíamos por 5 a 4. Mamede empatou. No final, lá de longe, Orlandinho fez o sexto gol. Ganhamos a partida e ali o campeonato. O time era bom, raçudo. Como aquele estou para ver: Walter, Vidal e Cachimbo; Paiva, Og e Possato; Lindo, Carola, Plácido, Mamede e Orlandinho.”
Carola, antes da partida diante do Fluminense, cumprimenta o centro-avante tricolor Vicentini.
A vitória sobre o Fluminense foi na antepenúltima rodada e o América em seguida ganhou do Bonsucesso por 4 a 0 e empatou com o Flamengo por 2 a 2.
O título escapa nas três últimas rodadas
Time de 1950 |
O América, sob o comando técnico de Délio Neves, realizou um dos mais brilhantes desempenhos da sua história no campeonato carioca de 1950. América e Botafogo abriram o primeiro campeonato da era Maracanã, no dia 13 de agosto. Os rubros venceram por 4 a 2. Iniciando uma série invicta de dezessete jogos.
Na décima rodada do returno, a equipe rubra perdeu a invencibilidade para o Bangu e na partida seguinte caiu diante do Botafogo. A vantagem de três pontos sobre o Vasco, antes da antepenúltima rodada, agora se transformou em desvantagem de um ponto em relação ao time vascaíno.
No dia 28 de janeiro de 1951, só a vitória interessava aos comandados de Délio Neves. O Vasco ganhou por 2 a 1 e se sagrou o primeiro campeão carioca da era Maracanã. Osni do Amparo, que dedicou toda a sua vida profissional ao América, nos falou sobre a campanha americana e a final diante do Vasco:
“Na reta final, nós perdemos para o Bangu por 3 a 1 e depois para o Botafogo por 1 a 0. Continuamos jogando bem. Os adversários é que também eram bons. O Bangu jogou sem Zizinho e o Moacir Bueno entrou e estraçalhou. Nós antes do jogo com o Bangu estávamos com três pontos na frente do Vasco. Depois que perdemos para o Bangu e o Botafogo, fomos para afinal com 7 pontos perdidos e o Vasco com 6. Perdemos por 2 a 1 e o Maneco foi o autor do nosso gol.
Num lance em que o zagueiro do Vasco perdeu a bola e caiu, o Dimas partiu e ficou sizinho na frente do Barbosa. O beque caído deu aquele tapa na bola que todo o Maracanã viu, menos o Carlos de Oliveira Monteiro que não marcou o pênalti. O jogo estava 1 a 1 e era a chance de nós passarmos a frente do placar.”
Formação titular do América, vice-campeã carioca de 1950: a partir da esquerda, Osni, Joel, Osmar, Osvaldinho, Ranulfo, Rubens, Natalino, Dimas, Godofredo, Jorginho e Maneco.