Uma placa em memória do jornalista Tim Lopes, morto há dez anos, foi inaugurada na redação da TV Globo, nesta segunda-feira, 4 de junho, e afixada próximo do lugar que Tim ocupava na redação de jornalismo da emissora.
A placa tem uma imagem do rosto do jornalista e a mensagem “Sua voz será ouvida cada vez mais alta em cada reportagem que nós, jornalistas do Brasil, fizermos”. A frase foi extraída da homenagem prestada a Tim, em 2002, quando sua morte foi anunciada.
O ato contou com a presença do irmão de Tim, Miro Lopes; a irmã, Tânia Lopes; o filho, Bruno Quintella; o Presidente da ABI, Maurício Azêdo; o Vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, Rogério Marques; e funcionários e diretores do jornalismo da TV Globo. DIV>
O Presidente da ABI, Maurício Azêdo, disse que ali estava para, em nome da entidade, prestar “homenagem a Tim e a todos aqueles que tiveram, como nós, o privilégio de conviver com a pessoa tão adorável e tão fraterna como Tim Lopes”.
A homenagem teve início com a exibição de um vídeo produzido pelo
Memória Globo, que mostra momentos da vida profissional de Tim, depoimentos de colegas de trabalho e uma retrospectiva do assassinato; da punição dos bandidos que executaram o repórter; e da ocupação da polícia no conjunto de favelas do Alemão.
Tânia Lopes disse que a família de Tim considera uma missão “dar continuidade àquilo que ele fazia, que é cuidar do próximo, atender e olhar a questão social”.
Bruno Quintella prestou sua homenagem ao pai lembrando um verso do poeta Ericson Pires:
― Eu lembro um verso de um poeta chamado Ericson Pires, que diz que aquele que escreve é também aquele que é escrito. Acho que é a frase que eu diria para ele agora, acrescentou Bruno.
Alemão
No sábado, 2 de junho, dia em que o assassinato de Tim completou dez anos, familiares e amigos do jornalista lhe prestaram uma homenagem no Complexo do Alemão. Com a participação de moradores do conjunto de favelas foram realizadas atividades culturais e um ato simbólico com 6.353 lenços brancos ― o número de dias desde sua morte ― amarrados em varais.
A iniciativa das atividades partiu de Tânia Lopes para celebrar “a paz, a liberdade e a vida digna dada à população daqui. Tim não morreu em vão”.
Tim Lopes era funcionário da TV Globo e foi seqüestrado, torturado e executado por traficantes no Complexo do Alemão, por usar uma câmera escondida para fazer imagens para uma reportagem sobre a prática de crimes num baile funk. Os bandidos foram julgados e presos.
* Com informações do G1.