12/01/2015
“Parto para a Liberdade – Uma breve história de Pedro Aleixo”, documentário de longa-metragem destinado ao circuito comercial, revela acontecimentos inéditos em torno dos bastidores da promulgação do Ato Institucional nº5 – AI-5, em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, e que vigorou até dezembro de 1978, sendo conhecido como o período mais duro do regime militar no Brasil.
O lançamento no Rio de Janeiro será nesta segunda-feira, dia 12, às 19h, dentro da programação do Cine ABI, no Auditório Oscar Guanabarino, no 9o andar do edifício-sede da entidade (Rua Araújo de Porto Alegre, 71 – Centro).
O filme mostra como Aleixo e o próprio presidente Costa e Silva também foram atingidos pelo AI-5. Eleito vice-presidente da República na chapa do marechal Arthur Costa e Silva, pela Aliança Renovadora Nacional, em 3 de outubro de 1966, Pedro Aleixo posicionou-se contra a edição do AI-5 chegando a elaborar uma revisão da Constituição de 1967 a fim de restaurar a legalidade. Com o afastamento de Costa e Silva por motivo de saúde, Aleixo foi impedido de assumir a Presidência da República. Suas ideias liberalizantes entravam em conflito com o pensamento da linha-dura militar.
Entre as produções que participaram de debates e eventos sobre os 50 anos da ditadura no País, completados em 2014, o documentário reúne dezenas de depoimentos entre os quais o de Rondon Pacheco, ex-chefe da Casa Civil de Costa e Silva e por duas vezes governador de Minas Gerais; do ex-ministro Edson Lobão; do senador Pedro Simon; do ex-senador e ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo; do coronel Affonso Heliodoro, colaborador e amigo próximo do presidente Juscelino Kubitschek; de Maristela Kubitschek, de Célio Borja, ex-ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal(STF), do jornalista Carlos Chagas, ex-assessor de Comunicação Social de Costa e Silva; do cartunista Ziraldo, dos jornalistas Tarcísio Hollanda, ex-presidente da ABI, e Sérgio Cabral; do advogado e ex-deputado federal Modesto da Silveira, exilado por defender presos políticos; de Ricardo Zarattini; presidente da Academia Mineira de Letras, de Murilo Badaró, ministro da Indústria e Comércio no governo Figueiredo; de Roque Camello, prefeito da cidade mineira de Mariana, de Ângelo Oswaldo, prefeito de Ouro Preto, de parentes de Pedro Aleixo, da historiadora Heloísa Aleixo Lustosa, do padre José Carlos Aleixo, de Maurício Aleixo e Sérgio Aleixo; e de universitários.
A obra apresenta imagens das cidades de Mariana, Ouro Preto, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, em conexão com peças iconográficas, capturadas do acervo do Arquivo Nacional, do Arquivo Público de Minas Gerais, da Cinemateca Brasileira, do Jornal do Brasil, do Globo, do Estado de S. Paulo, do Estado de Minas e da Folha de S. Paulo.