A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) lançou nesta quarta-feira, 29 de setembro, um apelo para que seja ampliada a cobertura sobre questões de gênero. O pedido foi feito com base em um relatório da Global Media Monitoring Project (GMMP), que aponta que as mulheres ainda são significativamente mal representadas no noticiário global dos veículos de comunicação.
Sob a coordenação da Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC), o estudo monitoriza jornais, televisão, rádios, sites jornalísticos em 108 países e apurou que apenas 24% das pessoas ouvidas ou entrevistadas para os noticiários eram mulheres. Além disso, entre os responsáveis pelas notícias quatro a cada cinco profissionais dos veículos pesquisados são homens.
A pesquisa aponta também que 46% das matérias pesquisadas reforçam os estereótipos de gênero e aspectos como a idade ou o estado civil como os elementos mais citados nas reportagens sobre mulheres do que as relativas aos homens.
Ao comentar o relatório da Global Media, o Secretário geral da FIJ, Aidan White, disse que “os preconceitos no retrato que se faz de homens e mulheres nas notícias tem um impacto na percepção pública do papel dos gêneros na sociedade”.
A FIJ lançou um apelo aos Sindicatos nacionais dos jornalistas para que promovam debates nas Redações sobre a necessidade de alterar esse quadro. A entidade conclamou os seus associados para juntarem-se aos coordenadores do GMMP visando a dar maior visibilidade aos eventos regionais relacionados com o estudo, cujos resultados país a país deverão ser conhecidos nas próximas semanas.
* Com informações da FIJ.