“Estamos em guerra”


03/10/2012


Estamos em guerra”
 
Por Bernardino Capell
 
“Hoje temos que ter cuidado com o que vamos escrever, porque o amanhã está por demais conturbado para que possamos elucidar as razões que levam aos fatos que se desenrolam aos nossos olhos, em vários aspectos da nossa vida comum.
 
Ângulos por demais expostos pela nossa mídia, estrutura dinâmica que continuamos a julgar que preserve a sociedade, dando-lhe condições para acompanhar a evolução mundial, devem ser,contudo, examinados com critério a fim de que interpretações erradas não contribuam para conclusões que levem ao desânimo e a descrença do povo nas leis que emanem dos órgãos executivos ou legislativos do País
Daí a responsabilidade cada vez maior que julgamos caber à nossa imprensa, falada ou escrita, quer em nossos jornais ou revistas especializadas como, também, quando as matérias provêm de instituições civis e militares que se louvem em tratar desses assuntos criando uma estrutura permanente de ações que propiciem um conhecimento geral em torno de decisões que emanam do Estado, os quais se perdem, mais das vezes, no decorrer dos tempos, por falta de informes oficiais que devam ser levados ao público.
 
Lembro-me de que, no afã de não descuidar-me em dizer sobre planos e projetos, quer do Estado como dos seus Governos, sobre eles me dediquei apontando-os nas minhas matérias desde há muito publicadas no Site da nossa ABI – assim vem sendo feito desde há muito, quando dos presidente anteriores até o nosso atual.
 
Inúmeros são os projetos de grande valor. Trazendo à baila, por exemplo, a imagem do petróleo, até então a fonte mais eficiente de energia, observamos que esse assunto está a preocupar a humanidade, face à chegada desse combustível fóssil aos picos de produção, o que evidencia a obrigação primordial de que se venha a recorrer à biomassa, como bem disse há poucos dias o Engenheiro Fernando Siqueira, da Associação de Engenheiros da Petrobrás, quando da sua magnífica palestra (14-8-2012) no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, a convite do Presidente da referida Instituição, General Aureliano Pinto de Moura.
 
Em outros ângulos, com a nossa visão de jornalista, que se estende, obrigatoriamente, por inúmeros parâmetros, como no momento, no qual as nossas expectativas se voltam para os Tribunais de Justiça, aguardando o julgamento final dos crimes definidos como “mensalão”, destruindo, assim, ações criminosas que as perpetraram, dando-nos provas cabais de que os nossos três Poderes da República se acham aptos para defendê-la, quando necessário.  E que não se use mais de eufemismos pra referir-se a um criminoso comum que esteja sendo julgado por dilapidação do erário público, dando-lhe outra denominação senão a de ladrão, sem subterfúgios calcados na linguagem jurídica que possuímos.
 
Aguardemos, pois, o desfecho!
 
Que se voltem todos, engajando-se nessa luta que admitimos titânica, por estar ligada a processos criminosos que já se estendem por toda.
a Nação. E essa é quase uma guerra! Se não enfrentarmos a dissolução de costumes que invadiu a Nação, não a venceremos.”
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Bernardino Capell, sócio da ABI, é jornalista, economista e membro titular do Instituto
de Geografia e História Militar do Brasil.