Por Cláudia Souza*
10/03/2014
A missa de 70 dia pelo falecimento de Geo Lopes será celebrada nesta quarta feira, dia 5, às 19h, na Igreja Matriz de Santo Antonio, Distrito de Teixeira de Freitas.
A Unesco exigiu rigorosa apuração do crime e cobrou a implementação de medidas de segurança para profissionais da imprensa no Brasil. A ONG RSF divulgou nota repudiando o assassinato do profissional de imprensa.
“Transmitimos nossas mais sinceras condolências e nosso apoio à família de Geolino Lopes Xavier. Deploramos a elevada insegurança que afeta o trabalho dos jornalistas brasileiros, e solicitamos às autoridades competentes que tenham em linha de conta a pista profissional. Esperamos que sejam adotadas medidas concretas, não só durante a cobertura de manifestações mas acessíveis a todos os jornalistas que assim o necessitarem, e em quaisquer circunstâncias”, afirmou Camille Soulier, uma das diretoras da RSF para as Américas.
Segurança
O governo federal criou um grupo de trabalho para determinar procedimentos padrões de segurança na cobertura jornalística de protestos. A prévia do estudo estará numa cartilha que o Ministério da Justiça prepara para distribuição em todo país e nas aulas de um curso piloto ofertado pela Academia da Força Nacional. O grupo será coordenado por Heloísa Helena Kuser, do Departamento da Força Nacional de Segurança Pública, e terá como membros representantes do Ministério da Justiça, da Secretaria Nacional de Justiça, de sindicatos de jornalistas e de empresas de comunicação.
Crime
O jornalista e radialista Geolino Lopes Xavier, conhecido como Geo Lopes, de 44 anos, foi morto a tiros, por volta das 21h, na região central de Teixeira de Freitas, cidade localizada a 900 km de Salvador (BA). Geo Lopes deixa mulher e um filho, o também jornalista Joris Xavier Bento.
Geo Lopes era um dos diretores do portal N3 e foi assassinado no interior de seu veículo, que apresentava o logotipo do portal. Os criminosos atiraram de dentro de um carro, e ainda não foram identificados.
Momentos antes do crime, o jornalista estava na companhia do colega Djalma Ferreira, na Rua da Saudade. Djalma disse ter ouvido tiros após Geo Lopes chegar em casa, e que teria visto o veículo dos assassinos sair em alta velocidade.
Radialista desde 1989, Lopes atuou como apresentador de TV, foi vereador do município de Teixeira de Freitas, entre 2004 a 2008, e era pré-candidato a deputado federal pelo PL para as próximas eleições.
*Com Tambor da Aldeia, Portal do Extremo Sul, RSF
Foto capa: Reprodução Portal do Extremo Sul