Por Cláudia Souza*
27/01/2015
O grupo Estado Islâmico (EI) afirmou nesta terça-feira, dia 27, que vai executar nas próximas 24 horas o jornalista , e o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh, caso a Jordânia não liberte uma jihadista iraquiana presa e condenada à morte. A mensagem foi divulgada em um vídeo postado na internet nesta terça, em sites jihadistas. Nas imagens o jornalista Kenji Goto aparece segurando uma foto de Maaz al-Kassasbeh. Ambos foram capturados pelo EI na Síria.
O Japão prometeu trabalhar com a Jordânia para conseguir a soltura dos reféns após a morte do cidadão japonês Haruna Yukawa na última semana, mas reiterou que não cederá ao terrorismo. “Estamos trabalhando com o governo jordaniano para assegurar a soltura dos refens”, disse o ministro de Relações Exteriores japonês, Yasuhide Nakayama, a repórteres na Jordânia, na noite desta segunda-feira, 26.
De acordo com o EI, Haruna Yukawa teria sido sequestrado em agosto do 2014, quando, supostamente, dava apoio logístico a um grupo rebelde rival envolvido na guerra civil síria.
Kenji Goto viajou à Síria para cobrir o conflito no início de outubro de 2014, e deveria ter retornado ao Japão no fim daquele mês, mas foi capturado e feito refém. Já o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbehpiloto foi capturado após a queda de seu avião durante uma operação da coalizão liderada pelos Estados Unidos no leste da Síria em dezembro último.
Os militantes do El desistiram de cobrar um resgate, e, em troca da libertação do jornalista, pedem a libertação da iraquiana Sajida al-Rishawi, que está presa na Jordânia, onde foi condenada por ataques jihadistas.
“O terrível ato de terrorismo do Estado Islâmico é absurdo e nós condenamos firmemente. A situação é extremamente grave, mas faremos o máximo para conseguirmos a soltura dos reféns o quanto antes possível. Não vamos ceder ao terrorismo.” disse o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, nesta terça-feira, 27, no Parlamento do Japão.
Brasil
“O governo brasileiro condena com veemência o sequestro de dois cidadãos japoneses no Oriente Médio e faz votos para que sejam libertados rapidamente. Manifestamos nosso sentimento de solidariedade aos familiares, ao povo e ao governo do Japão e reiteramos o repúdio à violência e ao terrorismo, independentemente de suas motivações”, informou o Itamaraty por meio de nota, na última quinta-feira, dia 22.
*Com agências internacionais