12/11/2021
Por Alcyr Cavalcanti, conselheiro da ABI, presidente da ARFOC
Confira abaixo, fotos de Edison Vara
Esse gaúcho nascido em Pedro Osório viu seu sonho se tornar realidade. Desde os primeiros clicks com a velha Rolley Flex, às sofisticadas câmeras digitais e as transmissões em “tempo real” Edison continua sua batalha, sempre a procurar o melhor ângulo e ter como prêmio a melhor imagem. Até hoje, mesmo passado muitos anos, sente orgulho de ter publicado em 1996 no jornal “Zero Hora” de Porto Alegre a primeira fotografia feita pelo processo digital no Rio Grande do Sul, quando a feitura de imagens pela tecnologia digital começava a ser implantado em nossas terras. Como bom gaúcho aprecia um bom churrasco e um bom chimarrão, mas se considera um cidadão do mundo, graças às suas inúmeras viagens e ao conhecimento de outras culturas graças ao seu contato com a agência Reuters, que atua como colaborador há mais de dez anos.
Com um currículo diversificado que começou em um pequeno estúdio, até os dias de hoje com a Agência Pressphoto, passando pelos jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de São Paulo, O Globo e nas publicações da Editora Abril, em especial na Revista Placar, é um craque na cobertura de partidas de futebol, mas como todo bom repórter-fotográfico é “pau pra toda obra”, a essência do verdadeiro Fotojornalista.
Seu olhar diversificado e certeiro lhe rendeu algumas premiações como o “Prêmio Esporte 2006”, “Prêmio Press” três vezes e publicou várias imagens na conceituada revista japonesa “World Soccer Digest” e na “Four to Four” da Inglaterra. Fez a cobertura da Copa América em 1991 no Chile, a Copa Libertadores da América em 1998, no Equador, mas ficou muito impressionado com as comemorações dos “30 Anos da Revolução Cubana”, que graças ao seu olhar sempre em busca da perfeição, fez uma foto definitiva de Fidel Castro. Edison foi durante cinco anos fotógrafo da “Bienal de Artes Visuais do Mercosul” de 1997/2005 em Porto Alegre, mas a cobertura que mais lhe emocionou foi o “Natal Luz-Gramado”, na Serra Gaúcha, onde o belo espetáculo de luzes e cores o motivou a publicar um livro com o mesmo nome.
Para o jornalista e escritor Lemyr Martins “ Edison encurrala nos bastidores, saca mais rápido na reportagem policial e como cúmplice dos fatos deve sobreviver na guerra. O repórter-fotográfico é um tipo raro, sensível por vocação e frio por ofício. Sua função é perenizar a vitória ou documentar a tragédia, segundo o roteiro da vida. Esse é o mundo e a vida de Edison Vara, um repórter-fotográfico”. Ao ser perguntado qual a orientação que ele daria aos jovens iniciantes na nobre arte da Fotografia respondeu que a mesma que deu ao seu filho Diego: “Tenha persistência, honestidade, responsabilidade, mas aliadas ao talento. Só assim você vai vencer não só na Fotografia, mas principalmente na Vida”. Diego Vara é hoje um jovem fotojornalista de renome internacional.