27/05/2022
A atuação das forças de segurança persiste em disseminar práticas criminosas por todo o País.
Na terça-feira, 23 civis foram mortos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pela Polícia Rodoviária Federal. Na quarta, em Sergipe, um cidadão foi executado numa câmara de gás improvisada no porta-malas de uma viatura da mesma Polícia Rodoviária Federal.
Atos como esse, que horrorizaram o país, caracterizam um inconcebível desvio de função da Polícia Rodoviária Federal e jogam no lixo os 93 anos de respeitabilidade conquistada pela corporação. Sob o comando de Silvinei Vasques, a PRF integra-se ao modelo de terror paramilitar e miliciano instaurado pelo bolsonarismo.
Exigimos das autoridades competentes o nome dos policiais que assassinaram Genivaldo de Jesus Santos. Nós, brasileiros, representados por todas as entidades da sociedade civil, queremos que esses policiais sejam julgados e condenados como criminosos que assassinaram a sangue frio, e que o comando da Polícia Rodoviária Federal também seja responsabilizado pela orientação que tem dado à corporação.
Basta de notas protocolares da corporação para justificar o injustificável e informar que foi aberto um inquérito administrativo. Crimes como esse têm que ser julgados e acompanhados pela opinião pública.
A ABI, que tem 114 anos dedicados à luta pela democracia, liberdade de imprensa e direitos humanos, tem um compromisso com o amplo direito à informação. Fatos gravíssimos como esses devem ser amplamente divulgados, e não escondidos pelas autoridades. Vamos acompanhar, junto às outras entidades da sociedade civil, a apuração desses e de outros casos, como parte da luta democrática por um estado de justiça e paz para todos os brasileiros.
Rio de Janeiro, 27 de maio de 2022
A DIRETORIA