25/10/2021
O Instituto Vladimir Herzog lançou em 23 de outubro, a 7ª edição do Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil. Além do texto original de Fernando Pacheco Jordão publicado em 1979, a obra faz uma justa homenagem aos milhares de colegas de profissão de Vlado que juntos, em 1976, encaminharam à Justiça Militar o Manifesto Em nome da verdade e o publicaram nos jornais Unidade e O Estado de S. Paulo.
O Manifesto cobrava esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte de Herzog, forjado pelos agentes da ditadura. Diante das atrocidades vividas naquele tempo, assinar tal documento seria, como diz um dos personagens do livro, João Guilherme Vargas Neto, “uma das mais importantes manifestações de coragem coletiva da História do Brasil”.
A obra traz ainda relatos de jornalistas que não puderam assinar o Manifesto à época, pois estavam presos ou sendo perseguidos. Estes relatos foram coletados pelo jornalista Mauro Malin, cujo trabalho minucioso de revisão e organização abrilhantou esta nova edição, idealizada por Fátima Pacheco Jordão, viúva de Fernando.
Trata-se, portanto, da publicação mais completa sobre o Caso Herzog, o que a torna fundamental para nossa história, sendo um símbolo para a luta pelos direitos humanos e pelo fortalecimento da democracia no Brasil.
Fernando Pacheco Jordão começou a produzir o livro logo após o assassinato de Herzog, em 25 de outubro de 1975. Além de grande amigo, Fernando havia indicado Vlado para dirigir o Jornalismo da TV Cultura de São Paulo. Assim que assumiu o posto, Vlado foi vítima de uma intensa campanha de difamação, que pode ser comparadas às campanhas de ódio e fake news dos tempos atuais, produzidas por saudosos da ditadura.
A jornalista Miriam Leitão escreve na contracapa: “O livro ganha agora nova edição porque, mais do que nunca, sua leitura é necessária. O Brasil volta a ser assombrado por velhos fantasmas e pelas mesmas mentiras. Esse Dossiê nos lembra o alto preço pago pela democracia”.
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