27/09/2014
O jornalista Domingos Meirelles foi eleito Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pela Chapa Vladimir Herzog, tendo como vice o jornalista Paulo Jeronimo de Sousa. Pela primeira vez na história da entidade um repórter assume a Presidência da Casa dos Jornalistas.
Duas chapas concorreram à eleição. A Chapa Vladimir Herzog teve 217 votos e a Chapa Prudente de Morais Neto, liderada por “David Fichel”, teve 147, sendo apurados dois votos nulos. O pleito foi realizado, pela primeira vez, em seis capitais – Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Brasília e São Luís.
No maior colégio eleitoral da entidade, no Rio , com 303 eleitores, a Chapa Vladimir Herzog conquistou 167 votos e a Prudente de Morais, neto, 134. Após a apuração dos votos, o presidente da Mesa Diretora, Marcus Miranda, proclamou a vitória da Chapa Vladimir Herzog.
Este foi o pleito com a maior participação de associados da história da entidade.
A nova diretoria da ABI está constituída:
Diretor Presidente
Domingos Meirelles
Diretor Vice Presidente
Paulo Jeronimo de Sousa
Diretor Administrativo
Orpheu Santos Salles
Diretor Econômico-Financeiro
Ana Maria Costábille
Diretor de Cultura e Lazer
Jesus Chediak
Diretor de Assistência Social
Arcírio Gouvêa
Diretor de Jornalismo
Eduardo Cesário Ribeiro
O novo presidente da ABI, ao longo de 48 anos de profissão, conquistou mais de trinta prêmios, entre eles, dois Prêmios Esso e dois Vladimir Herzog, além do Prêmio Rei da Espanha de Televisão. Ele também é escritor com várias obras publicadas, entre elas “As Noite das Grandes Fogueiras – Uma História da Coluna Prestes (Prêmio Jabuti de Reportagem de 1996), e “1930”. Os Órfãos da Revolução”, vencedor do Jabuti de 2006, na categoria Ciências Humanas.
Domingos João Meirelles (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1940) é um jornalista brasileiro que exerce a profissão desde 1965.
Filho de imigrantes portugueses, nasceu e cresceu no bairro carioca do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Em março de 1965, após trabalhar durante dois anos como vendedor de máquinas de escrever, ingressou no jornalismo como estagiário do jornal Última Hora. Dois anos depois, foi contratado pela Editora Abril. Trabalhou nas revistas Capricho, Cláudia, Quatro Rodas e Realidade. Passou em seguida pelas redações de O Jornal, O Globo, Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo.
Em novembro de 1985, entrou para a Rede Globo de Televisão como repórter especial, onde realizou dezenas de trabalhos em toda a América Latina para o Fantástico, Jornal Nacional e Globo Repórter.
Foi para o SBT em 1996, retornando à Rede Globo em 1999, a convite de Marluce Dias, então diretora-geral da emissora. Durante sete anos foi o apresentador do programa Linha Direta. Em 2014, transfere-se para a Rede Record onde apresenta, desde abril, o Repórter Record Investigação.
Prêmios
Ao longo de 48 anos de profissão, conquistou mais de 30 prêmios entre os quais se destacam dois Prêmios Esso, três Wladimir Herzog de Direitos Humanos, e o Prêmio Rei de Espanha de Televisão, maior premiação jornalística dos povos de língua portuguesa e espanhola.
Em 1994, foi condecorado pelo Exército com a Medalha do Pacificador. A Polícia Militar do Rio de Janeiro o distinguiu, em 2006, com a Ordem do Mérito Policial, no grau oficial.
Foi ainda agraciado com medalha e diploma pela Academia de Artes e Ciências Televisivas, como apresentador do programa Linha Direta, sendo um dos finalistas do Emmy Internacional de 2007, na categoria documentário.
Em 2008, Linha Direta voltaria a ser outra vez finalista do Emmy. Recebeu ainda os títulos de Cidadão Carioca da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e o de professor honoris causa da Faculdade de Minas (FAMINAS), em 2007.
Foi agraciado com o Prêmio Gamacom da Universidade Gama Filho (1999), e com o Prêmio Personalidade Jornalística de 2008, da Universidade Veiga de Almeida.
Em 2011, recebeu a Medalha Miguel Costa, da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Recebeu ainda 12 placas de prata por palestras realizadas em diferentes instituições de ensino como a Universidade Estácio de Sá, Escola Superior de Guerra, e Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
Participou, nos últimos anos, de dezenas de Cursos e Seminários, entre os quais se destaca o VIII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido em outubro de 2008 pela Universidade da Força Aérea (UNIFA), para exame e discussão das diretrizes do novo Plano Nacional de Defesa (PND).
Obras
Trabalha atualmente em três projetos simultâneos: um livro sobre making off das suas principais reportagens, outro sobre o levante da Força Pública de São Paulo, em 1924, e o terceiro sobre a máquina de guerra construída pelos paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Outras atividades
Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro (1975/1981), assessor de imprensa da OAB/RJ, e presidente da Cooperativa dos Profissionais de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro (Coopim), entre 1982 e 1986.
Exerceu ainda a função de editor do antigo Boletim ABI – atual Jornal da ABI -, órgão oficial da [Associação Brasileira de Imprensa]. Ocupa, desde 2004, a Diretoria Econômico-Financeira da entidade.
Em 2012 foi eleito, por aclamação, para a cadeira número dois do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. É um dos cinco historiadores civis que participam da instituição.
Participa ainda de cursos livres sobre jornalismo investigativo, jornalismo literário, técnicas de redação, e estruturas narrativas para mídia impressa e TV. Realiza palestras sobre história contemporânea e gerenciamento de crise.
Propostas da Chapa Vladimir Herzog
1) Assistência médica e outros benefícios
2) Uma nova administração
3) Geração de empregos
4) Atividades Culturais
5) Um novo pacto social
6) Valorização do Patrimônio recuperação do Edifício-sede