Diretoria de Mulheres e LGBTQIA+ da ABI repudia processos de deputada federal contra jornalista que divulgou documento público

A Diretoria de Mulheres e LGBTQIA+ manifesta o seu forte repúdio às ações judiciais movidas pela deputada federal Julia Zanatta (PV-SC) contra a jornalista Amanda Souza de Miranda.

A parlamentar acusa a jornalista, nas áreas cível e criminal, pela publicação de uma nota fiscal, disponível no Portal da Transparência, que comprova o pagamento de R$ 5 mil a um jornal catarinense cujo conteúdo traz notícias elogiosas a Julia.

A deputada pede direito de resposta e R$10 mil em indenização por suposta “falsa imputação de crime” e “associação com nazismo”, embora a publicação feita por Amanda no seu perfil do X (antigo Twitter) não faça qualquer menção a tais crimes. A defesa da jornalista argumenta que Amanda apenas cumpriu o seu dever e o direito de expor o uso de verba pública pela parlamentar.

A Diretoria de Mulheres e LGBTQIA+ interpreta a atitude da deputada, que cultiva o hábito de processar jornalistas, como um atentado à democracia. Trata-se pois de um caso de tentativa de censura e de intimidação.

Nessas circunstâncias, a Diretoria de Mulheres e LGBTQIA+ da ABI declara a sua total solidariedade à jornalista Amanda Miranda e espera que o Estado defenda e proteja a jornalista para desse modo fazer prevalecer em nosso país o direito à liberdade de imprensa, à informação e à livre expressão.

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