21/06/2007
Rodrigo Caixeta
22/06/2007
Fabio Motta não começou na fotografia por acaso. Pode-se dizer que a escolha de sua profissão teve influência direta de seu pai, que trabalhava no jornal O Fluminense e tinha amigos no departamento fotográfico. Fabio foi então visitar a editoria e lá começou a estagiar, no laboratório de preto e branco, onde deu os primeiros passos na carreira como laboratorista, em 1984.
Em 1986, Fabio transferiu-se para a extinta Última Hora, onde começou a fotografar, e, três anos mais tarde, foi para o Jornal do Brasil como laboratorista. Mas foi no Estadão — onde trabalha desde 1991 — que se firmou como fotógrafo. Paralelamente, ainda encontrou tempo para fazer freelances em grandes coberturas como as Paraolimpíadas de Atlanta e Sydnei, para o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), e as Paraolimpíadas de Atenas, para a Caixa Econômica Federal.
Da carreira como repórter-fotógrafico, Fabio elege outras coberturas que marcaram sua carreira, como a do leilão para privatização das companhias telefônicas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, viagens presidenciais, jogos da Seleção Brasileira de Futebol, o Rock in Rio 3, o desastre ecológico do Rio Pomba, em Cataguases, Minas Gerais, e o show dos Rolling Stones, que levaram mais de um milhão de pessoas para a praia de Copacabana. Fabio, que teve sua primeira foto publicada na capa da Última Hora, em 1989, dá dicas para que o fotógrafo se destaque na profissão:
— O principal é ter concentração e estar sempre atento ao que acontece na pauta em questão. Já os iniciantes na carreira, precisam saber se posicionar para obter melhor ângulo e adquirir habilidades no manuseio do equipamento e nas experiências do dia-a-dia.
Conquistas
Embora ainda não tenha conquistado nenhuma premiação, o fotógrafo já foi finalista em alguns concursos, como o Prêmio Embratel. De exposições, no entanto, já participou de várias, mas cita a IV Semana Cultural em Santa Teresa, com a exposição “Cenas de um carnaval”.
Adepto da tecnologia, Fabio não dispensa o uso de equipamentos digitais:
— Para o fotojornalismo de hoje, agilidade no envio das imagens é fundamental, isso não seria possível com uma câmera analógica. Se, por um lado, a forma artesanal da fotografia foi abolida, por outro, ganhou-se em rapidez e tecnologia na qualidade das imagens, se comparadas com as películas.
Segundo Fabio, o trabalho do fotógrafo exige muitos cuidados. Recentemente, ele esteve em situações de risco durante a cobertura de um tiroteio entre policiais e traficantes do Morro da Mineira, no Catumbi, no Centro do Rio.
Sobre o fotojornalismo brasileiro nos dias de hoje, faz uma análise entusiasmada e aponta uma das fontes de inspiração para o seu desempenho:
— Nossa profissão está cada vez mais dinâmica, com a rapidez e qualidade que a tecnologia nos proporciona. Procuro sempre tirar proveito do que há de melhor em cada profissional a fim de melhorar o meu trabalho.
Em fase de amadurecimento de alguns projetos fotográficos, Fabio usa como lema a seguinte frase: “crescer sempre”. E para quem quer ingressar no mercado fotojornalístico, recomenda:
— Acompanhar o crescente desenvolvimento da tecnologia, principalmente no que diz respeito à fotografia. É essencial.
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