5 de novembro de 2024
Clássico noir brilha no Cine ABI
01/08/2008
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Aplaudido pela crítica como um dos maiores filmes do gênero suspense de todos os tempos, “Laura”, um clássico do cinema noir, foi o cartaz desta quinta-feira, 31, na mostra A Imprensa no Cinema, do Cine ABI. A trama gira em torno da investigação do assassinato de Laura Hunt, diretora de uma agência de propaganda. Um detetive vai ao apartamento da vítima para investigar o crime e sente-se atraído ao ver um retrato de Laura. Inesperadamente, a mulher surge viva em sua frente.
Na opinião de Lauro Teixeira, que prestigiou a sessão, é mesmo o clima de suspense um dos grandes atrativos do filme:
— “Laura” tem todas as características do cinema noir. A fotografia em p&b é excepcional e a música ajuda a dar o tom na atmosfera sombria. A atriz Gene Tierney está belíssima e talentosa, ao lado de grandes atores como Vincent Price. A direção segura de Otto Preminger, um mestre do cinema, deu à história contorno irrepreensível.
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Lauro Teixeira |
Retomada
Freqüentador da ABI desde a década de 70, Lauro aplaude a retomada do Cine ABI e a programação dedicada à imprensa.
— No período da ditadura, o Cine Macunaíma, que funcionava aqui na ABI, era um concorrido espaço de efervescência cultural e política. Todos os sábados eu comparecia às sessões de filme, que eram seguidas de calorosos debates. O saguão e o auditório ficavam lotados de pessoas em busca de um espaço de resistência e liberdade. Hoje, os cineclubes continuam oferecendo ao público a oportunidade de conferir grandes obras do cinema, difíceis de encontrar no circuito comercial, em locadoras e nas emissoras da TV aberta.
Dentro da seleção dedicada à imprensa, “Laura” é um dos grandes títulos, na opinião do cinéfilo Akos Aszmann:
— Desde 1949, quando eu tinha 10 anos, acompanho as produções de Hollywood. O filme de hoje do Cine ABI é uma obra espetacular, a que eu tive o privilégio de assistir várias vezes. A fotografia é fantástica e Gene Tierney está brilhando como em “Never let me go”, que protagonizou na década de 50 ao lado de Clarck Gable.
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