Alejandro Hernández Pacheco, câmera do canal mexicano Televisa, cruzou a fronteira com os EUA, acompanhado da mulher e dos filhos, e pediu asilo político ao Governo norte-americano. Pacheco foi seqüestrado em julho, juntamente com outro cinegrafista e dois repórteres, durante a cobertura de protestos em um presídio no estado de Durango. Os criminosos queriam obrigar veículos de comunicação a divulgar mensagem do narcotráfico. O episódio provocou manifestações de entidades jornalísticas em todo o mundo.
Originada na luta entre cartéis mexicanos, a onda de violência que avança no México vem provocando um êxodo de profissionais que atuam na imprensa no país, classificado pela ONG Repórteres Sem Fronteira (RSF) como a região mais perigosa do mundo para o exercício da profissão.
De acordo com Pacheco, após o seqüestro, o Governo mexicano lhe ofereceu apenas ajuda psicológica. Por temer a ação dos narcotraficantes, ele descartou a ideia de mudar-se para outra região no México. Os outros dois repórteres seqüestrados juntamente com Pacheco também teriam pedido asilo aos EUA, segundo o site ArrobaJu.árez.
*Com informações do Knight Center for Journalism.