16/12/2015
A BBC Brasil anunciou audiência recorde em novembro passado, atingindo 22,2 milhões de usuários únicos no site www.bbcbrasil.com e em sites parceiros que reproduzem o conteúdo da BBC em português.
“Nossa audiência mais do que dobrou em um ano e quase quadruplicou em dois anos”, disse ao Portal dos Jornalistas Silvia Salek, diretora de Redação da BBC Brasil. “É a recompensa por um jornalismo de qualidade, independente, antenado com o mundo digital e que segue a missão da BBC de informar, educar e entreter”.
Com os resultados, o Brasil se posiciona como o país de maior audiência online entre todos os departamentos do Serviço Mundial da BBC. “O modelo que desenvolvemos vem chamando atenção também da BBC. Em termos de hábitos na internet, o Brasil é uma espécie de celeiro de tendências. É muito gratificante ver como o trabalho da nossa equipe também está determinando tendências aqui”, comentou Silvia.
Para ela, o sucesso de audiência está ligado a uma reformulação do conteúdo, realizada cerca de dois anos atrás, que levou em conta os hábitos de acesso à internet, que estavam mudando por causa das redes sociais e do acesso via telefones celulares. Uma das inovações foi a criação de uma nova editoria, o #salasocial, que usa as mídias sociais de forma inovadora na busca e disseminação de conteúdo.
Atualmente, 53% da audiência direta da BBC Brasil – ou seja, excluindo sites parceiros – vêm de celulares, acompanhando o aumento também expressivo do acesso por meio de redes sociais. “Isso gerou outras formas de pensar nossa produção. O que marca a nossa trajetória desses últimos dois anos é a adaptação constante”.
O serviço brasileiro, por exemplo, passou recentemente a utilizar o aplicativo WhatsApp como plataforma de distribuição para grupos exclusivos de formadores de opinião. Um dos vídeos distribuídos traz uma entrevista com o pescador Benilde Madeira, de 48 anos, que perdeu seu sustento com a contaminação do Rio Doce. Dias após o caso ser noticiado na BBC Brasil, o Ministério Público de Minas Gerais fechou um acordo com a Samarco para pagar um salário mínimo para vítimas como o pescador retratado e outras 11 mil pessoas.
“Não queremos ser mais uma voz no ruído das notícias”, afirmou Silvia. “Esse tipo de impacto qualitativo do nosso conteúdo é uma medida até mais importante do que nossos números. Ver nosso conteúdo repercutindo entre o público e em toda a imprensa nos dá uma satisfação especial de estar, de alguma maneira, contribuindo com os grandes temas no País”.
Fonte: Portal dos Jornalistas