Por Cláudia Souza*
27/07/2015
Pelo menos 15 pessoas morreram no atentado a bomba que destruiu o Jazeera Palace Hotel, no centro da capital Mogadíscio, na Somália. Extremistas do grupo islâmico Al Shabab reivindicam a autoria do ataque ocorrido neste domingo, dia 26. Entre os mortos estão os jornalistas Abdihakin Mohamed Omar, da Somali Broadcasting Corporation, e Mohamed Moallim Abdikarim Adam, da TV Universal, com sede em Londres.
No momento do ataque o hotel Jazeera, alvo da explosão de um carro-bomba, abrigava missões diplomáticas da China e do Qatar. O presidente somali Hasan Sheik Mohamud expressou condolências às famílias das vítimas do que classificou como “ataque terrorista odioso”.
De acordo com a AFP, o atentado foi reivindicado pelos radicais afiliados à Al Qaed em comunicado divulgado na internet, no qual os rebeldes afirmam ter atuado “em represália” às recentes ofensivas contra o grupo no sul do país.
Em visita à vizinha Etiópia, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira, dia 27, que o bombardeio é um lembrete de que “temos mais trabalho a fazer para conter o terrorismo na região”.
Em comunicado oficial, o porta-voz do Conselho de Segurança norte-americano, Ned Price, afirmou que “os Estados Unidos mantêm-se inabaláveis na vontade de trabalhar com as autoridades somalis, parceiros regionais e toda a comunidade internacional, para pôr fim aos atos de terrorismo e para combater o extremismo violento na Somália.”
No último sábado, dia 25, Obama afirmara que os rebeldes shabab estavam enfraquecidos na África Oriental, mas que os riscos ligados à sua presença persistiam na região.
Os atentados do grupo objetivam a derrubada do governo da Somália que tem o apoio do Ocidente. Os rebeldes, que lutam para instaurar um estado islâmico, perderam recentemente o controle de importantes cidades estratégicas, recuperadas pelo governo. A Somália enfrenta um estado de guerra e de terror desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre.
*Com AFP, AP, Reuters