O conteúdo do portal era valorizado pelos moradores da região, pois era um espaço conhecido por dar voz à comunidade, perfil característico de um veículo de comunicação popular, e que agora foi silenciado de forma brutal.
Entre os anos de 1995 e 2021, pelo menos 70 jornalistas e comunicadores tiveram suas vidas interrompidas por conta do exercício da profissão no Brasil, segundo levantamento divulgado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
O número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se elevado em 2021 e, pelo segundo ano consecutivo, foi o maior desde que a série histórica começou a ser feita na década de 1990, de acordo com a FENAJ. No ano que passou, foram 430 casos, dois a mais que os 428 registrados em 2020.
A censura, ainda de acordo com a FENAJ, chegou a passar a descredibilização da imprensa, violência mais comum nos últimos relatórios, e hoje ocupa o primeiro lugar nos ataques. A maioria das censuras foi cometida por dirigentes da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), aparelhada pelo governo federal.
Diante disso, a Associação Cearense de Imprensa (ACI) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) defendem que todas as entidades representativas de imprensa reforcem um protocolo unificado de segurança para toda a categoria e que os profissionais do ramo apoiem o trabalho de suas entidades representativas por meio de filiação para fortalecer a luta em defesa da vida e da democracia.