Por Cláudia Souza*
04/06/2013
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota de protesto contra uma decisão judicial de Anápolis(GO), que determinou a um portal de notícias a retirada do ar de uma matéria veiculada em 24 de maio último.
O comunicado da entidade tem o seguinte teor:
“A Associação Nacional de Jornais (ANJ) protesta contra decisão da Juíza Luciana de Araújo Camapum Fernandes, do 3º Juizado Especial Cível, de Anápolis (GO), de conceder tutela acautelatória e determinar, no dia 24 de maio último, a retirada de reportagem originalmente publicada no portal G1 e reproduzida pelo Youtube.
As matérias em questão estavam disponíveis nos endereços:
http://www.youtube.com./watch?v=hzqzq4N65jw e
As reportagens traziam informações sobre a detenção de um advogado que se recusou a pagar conta de motel e danificou o estabelecimento. Trata-se de evidente caso de censura, em desrespeito à Constituição brasileira. A reportagem baseou-se em informações públicas do Boletim de Ocorrência e depoimento de testemunhas, tendo preservado a identidade do detido, o que caracteriza o cuidado dos autores em observar os direitos de personalidade do mesmo, limitando-se a reproduzir os fatos.
A Constituição é categórica ao vetar qualquer forma de censura. A ANJ recomenda aos responsáveis pela notícia que recorram ao próprio Poder Judiciário para reverter a decisão com a brevidade possível. A censura, mais do que jornais e jornalistas, prejudica os cidadãos, que têm tolhido seu direito de serem livremente informados.
Brasília, 04 de junho de 2.013
Francisco Mesquita Neto
Vice-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ)
Responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão”
*Com informações da ANJ.