Por Claudia Sanches*
05/09/2016
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiou as agressões e ameaças contra jornalistas e empresas jornalística por parte dos manifestantes contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e por forças policiais.
“Os atos praticados pelos manifestantes foram iniciativas intoleráveis de intimidação. Já as agressões e destruição de registros fotográficos dos acontecimentos por parte de policiais militares contra profissionais devidamente identificados caracterizam violência e arbitrariedade inaceitáveis”, escreveu a associação, em nota.
Na última quarta-feira (31/8), um grupo atacou a sede do jornal Folha de S. Paulo. Os manifestantes picharam o prédio e atiraram um cavalete na fachada do jornal. No dia seguinte, o fotógrafo Fernando Fernandes ficou ferido após ser atingido por um tiro de bala de borracha, enquanto acompanhava a manifestação que pedia a saída do presidente Michel Temer.
“Não se pode confundir o direito à manifestação com vandalismo, nem manutenção da ordem com violência e censura. A ANJ espera que as autoridades apurem os casos ocorridos ontem, lhes dê o devido tratamento legal e se empenhe de forma permanente em preservar o livre exercício do jornalismo”, diz o texto divulgado pela entidade.
Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ao menos seis jornalistas foram agredidos em manifestações contra o presidente Michel Temer nesta semana.
*Informações do Correio Braziliense