19/07/2021
Moacyr Andrade, o Moa, começou no JB em 1967, como arquivista no Departamento de Pesquisa e Documentação. Ao longo de 37 anos, foi supervisor de Documentação, redator e subeditor na equipe de Roberto Quintaes, redator no Caderno B, em Esporte, Política e Primeira Página, e secretário gráfico, até 2004.
MOA organizou “E a Vida Continua — A Trajetória de Wilson Figueiredo” contempla as memórias do ex-editor do “JB”.
No segundo casamento em 1976 com a também jornalista Mara Caballero, tiveram um casal de filhos.
As feijoadas de seu apto em Ipanema, onde morava com a mulher, a falecida jornalista Mara Caballero, eram famosas, pois só terminavam de madrugada com a fina flor da MPB cantando e tocando o melhor repertório. Sua mesa nas noitadas do Café Lamas estava sempre cheia de jornalistas e músicos. Moa, vá na luz!
Ele esteve nos dois últimos encontros de ex-JBs na Taberna da Glória, em 2019.
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Em almoço dos ex- JB na Fiorentina.
com Alberto Dines e Evandro Teixeira
Por Dácio Malta
Por Marcelo Auler
Moacir lutou muito pela vida nos últimos meses. Ele teve um infarto e foi para o hospital a tempo. Colocou stent. Recebeu alta, mas três dias depois apareceu uma infecção urinária. Voltou a se hospitalizar e curou o problema. Em casa, novamente, teve problema no intestino, ai foi internado e na véspera de receber alta contraiu a Covid. Ficou entubado por 15 dias e, pelo visto, não resistiu mais. Um grande amigo, um grande colega, um grande ser humano . Não bastasse tudo isso um sócio da ABI sempre presente. Agradeço muito a chance de ter o conhecido e ter privado alguns bons momentos em sua companhia.
Por Regina Zappa
Moacir era querido por todos. Discreto, reservado, quem não o conhecia não imaginava o tanto de talento, conhecimento e criatividade que carregava debaixo daquele seu jeito simples. Amigo, solidário, com fino senso de humor, Moa tinha dos melhores textos que o jornalismo brasileiro já produziu. Tinha caráter sólido e coração mole. Trabalhamos juntos, nos anos 90, no Caderno B, que ele enriquecia com suas ideias e textos. Uma jóia rara que a própria modéstia se encarregava de disfarçar.
Por Gilberto Menezes Côrtes
O jornalismo brasileiro e mais particularmente o JORNAL DO BRASIL perderam nesse domingo (18) um de seus grandes expoentes. O piauiense de Piripiri, Moacyr Andrade, faleceu ontem à noite, aos 85 anos, após uma sucessão de contratempos iniciados em abril, quando teve infarto e precisou colocar um “stent”. Recebeu alta mas, três dias depois uma infecção urinária forçou nova internação. De volta à Tijuca, onde morava sozinho, teve problema no intestino. Internado, na véspera de receber alta, contraiu a Covid e foi intubado por 15 dias, mas não resistiu.
Sócio da Associação Brasileira de Imprensa, Moacyr Andrade colaborou por muitos anos na revista “Novos Rumos”, do PCB. No JB, onde chegou em 1967 para trabalhar como arquivista do Departamento de Pesquisa e Documentação, e teve como companheiro o jornalista Fernando Gabeira, exerceu seu ofício ao longo de 37 anos, numa carreira tanto produtiva como eclética. Foi supervisor de Documentação, redator e subeditor na equipe de Roberto Quintaes.
Por Romildo Guerrante
Convivemos uns 20 anos no JB. Era suave. Estivemos juntos a maior parte do tempo no copidesque da primeira pagina. Participava de uma mesa animada quase toda noite no Lamas. Acho que ele foi o último desses conversadores da noite a nos deixar. Vai na paz!
Por Christine Ajuz
Convivi com o Moa por 11 anos no JB e no Lamas. Tivemos noites e madrugadas de ótimas conversas no centenário Lamas… Que saudade!
Depois que saí do JB, continuei encontrando o Moacir com muita frequência no Lamas, point de muitos jornalistas da velha guarda.
Por Cristina Piazek
A tristeza não tem fim. Minhas referências me são tiradas, de gole em gole dessa bebida amarga.
Moa, quanta saudade! Culto, perspicaz, de uma simplicidade extraordinária. Sorria com o olhar, sempre acolhedor. Tá difícil, muito difícil. A vida, no entanto, nos exige seguir em frente.
Por Deborah Dumar
Estava me lembrando agora das inesquecíveis feijoadas na casa do Moacyr e da Mara, em Ipanema, que varavam a noite e se transformavam em verdadeiros saraus.