04/05/2023
Por Maria Luiza Busse, diretora de Cultura da ABI
A gota que faltava
O compositor, escritor e cronista Aldir Blanc, um dos menestréis da luta contra a ditadura, perdeu a vida para a covid mas ganhou a batalha neste momento em que a gang que governou o país nos últimos quatro anos vem sendo desmascarada por falsificação de cartão de vacina. Por conta da negação e do deboche, 700 mil brasileiros e brasileiras morreram vítimas da doença.
A inauguração da Alameda e escultura marca os três anos sem Aldir. A Alameda Aldir Blanc fica na altura do número 6396 da Avenida Maracanã, entre as ruas Garibaldi e Marechal Trompowski, na região tijucana da Muda, onde o artista morava. A escultura é assinada por Mello Menezes. A homenagem promete música e saudade com a presença das filhas, da viúva Mary Sá Freira, e de Moacyr Luz, parceiro de inúmeros sucessos, e Moyseis Marques, que apresentarão uma música inédita.
Domingo, dia 7, segue a celebração. A partir das 11h, na Alameda Aldir Blanc, os amigos da tradicional roda musical do bar Bip-Bip, em Copacabana, promovem o “Furdunço pro Aldir”, com Tiago Prata, o Pratinha, relembrando a obra do autor de O bêbado e o equilibrista e Resposta ao Tempo, entre mais de 600 canções.
A homenagem é resultado do Projeto de Lei 915/2021 do vereador Chico Alencar, em coautoria com os parlamentares Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, Paulo Pinheiro, Tarcísio Motta e Reimont.