09/03/2007
Alguém pode imaginar quem possa ter tirado o estigma de que reportagem de polícia era coisa de homem? Talvez apareçam vários nomes, mas com certeza, no Rio de Janeiro Albeniza Garcia foi a grande responsável por esta quebra de tabus.
Foi com muita determinação que, aos 18 anos, Albeniza procurou Roberto Marinho para pedir uma vaga na editoria de Polícia do Globo. Ele achou que a jovem franzina, com um metro e meio de altura, tinha mais jeito para fazer coberturas de chás-dançantes ou desfiles de moda. Mas Albeniza foi enfática: “Quero a Repol”.
Poucas mulheres atuavam na imprensa brasileira quando Albeniza começou a fazer matérias policiais. Foram 57 anos de dedicação. E o reconhecimento veio através dos prêmios conquistados entre eles o de Direitos Humanos da Sociedade Interamericana de Imprensa, em 1995 e pela série de reportagens “A infância perdida”; o Esso, com “Infância a serviço do crime”, em 97.