Será enterrado nesta sexta-feira, 2, às 10h, no cemitério do Catumbi, no Centro do Rio, o corpo de Alaíde Pereira Nunes, 96 anos, símbolo da luta pela democracia no Brasil, viúva do médico e parlamentar Adão Pereira Nunes, cassado pelo regime militar de 1964, e exilado no Chile por sua trajetória em defesa dos trabalhadores. Alaíde morreu na manhã desta quinta-feira, 1.
A militante iniciou a vida política aos 16 anos, nos anos 1930, tendo participado da campanha pelo petróleo nacional, contra o integralismo e a ditadura Vargas. Neste período, presidiu o Movimento Feminino pela Aliança Nacional Libertadora, na seccional de Campos, norte fluminense.
Em 1935, Alaíde passou a viver na ilegalidade ao lado do companheiro de vida e de luta, Adão Manoel Pereira Nunes. Em 1946, após a anistia, a militante participou de diversos movimentos políticos em oposição à ditadura Vargas.
Em 1964, Alaíde foi exilada pelo regime militar, participando do movimento de resistência no exterior. Quatro anos depois, no auge do período militar, Alaíde retornou ao Brasil e prosseguiu com as iniciativas em defesa das liberdades.
Em 1977, a militante se engajou no Movimento Feminino pela Anistia para ajudar na libertação dos brasileiros presos e exilados.
Com o retorno de Leonel Brizola ao Brasil em 1979, Alaíde e Adão ajudaram a fundar o Partido Democrático Trabalhista – PDT, ao qual se manteve filiada durante toda a vida.
*Com Correio do Brasil.