08/03/2007
“O jornalismo foi a profissão que escolhi, mas não acreditava que tivesse mesmo vocação para ela. Sabia que minha área era Comunicação, mas a Publicidade sempre me despertou mais interesse do que o noticiário. No entanto, o jornalismo é um ‘bichinho’ que te encosta, acaba entranhando e não sai mais de você. Não me arrependo de não ter seguido outra carreira e, mesmo sendo muito crítica em relação à minha competência, acabei aceitando que SOU jornalista.
Minha realização profissional é atestada pela família, pelos amigos — mesmo que tal mérito vindo deles possa suscitar dúvidas, é importante para mim —, pelo reconhecimento que tenho de colegas de profissão, pelas fontes e pelas empresas pelas quais passei. Confesso que às vezes, por causa da correria do dia-a-dia, estressante sempre, fico instigada a desistir. Mas como jornalista ‘tem bicho-carpinteiro’, lá estou eu ansiosa pelo dia seguinte. Eu me orgulho de fazer parte de uma geração de mulheres bem-sucedidas e reconhecidas no jornalismo, apesar de tudo o que temos que passar: largar marido, casa, filhos, abdicar de momentos de lazer, de feriados, enfim…
Aliás, aí deve estar a nossa força e por isso dominamos hoje o mercado, pois só com muita inteligência, jogo de cintura e insistência superamos tudo isso. Até mesmo para provar aos homens que somos fortes, não desistimos por nada.”
Adriana França — Editora da Rádio BandNews Fluminense FM (Rio de Janeiro-RJ)
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