Adeus Ricardo Gontijo


08/11/2022


Por Frei Betto

Jornalista e escritor, Ricardo Gontijo (1944-2022), trabalhou, em São Paulo, como repórter da revista Manchete (1965/6); redator do jornal Diário da Noite (1967); secretário de redação da Folha da Tarde (1968/69); repórter do Jornal da Tarde (1969/72); editor-assistente revista Exame (1972); e editor do programa Globo Rural (1988/90).

No Rio de Janeiro, exerceu as atividades de editor do jornal O Sol (1967); editor de economia do Jornal do Commercio (1973); editor da TV Rio (1974); editor de internacional da TV Globo (1974) e da TV Educativa (1977); redator da edição especial anual de Panorama Econômico, do jornal O Globo (1974); redator do jornal Opinião (1974/75); diretor-procurador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais (1978/80); repórter da Folha de São Paulo (1981/84); chefe de redação da Tribuna da Imprensa (1985/86); comentarista de política e economia TV Educativa (1985/88); editor do Jornal da Globo (1990/92); diretor-geral da TV Educativa (1994); superintendente de comunicação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (1996); editor do jornal Última Hora (1996).

Em Londrina, foi editor de economia do jornal Panorama (1975).

Ricardo Gontijo mereceu os seguintes prêmios: Esso de Reportagem (1970, pelo Jornal da Tarde pela matéria “Transamazônica”, em parceria com Fernando Morais (viagem de três meses, seguindo o trajeto por onde passaria a estrada, então apenas um projeto); Esso de Jornalismo (1971, também pela matéria, no Jornal da Tarde, “Receita para São Paulo”, em parceria com José Maria Mayrink (os 10 principais problemas da cidade de São Paulo com as suas respectivas soluções técnicas); Walmap de Ecologia (1977, pela revista Playboy, pela reportagem “Por onde eles passam não nasce grama”, sobre os efeitos da especulação imobiliária no Rio e em São Paulo); Fundação Ford, EUA (1987, pelo vídeo “Abolição”); Festival de Sorrento, Itália (1989, pelo vídeo, para a TVT-SP, sobre a represa de Balbina); Festival de Barcelona (1989, vídeo, para a TVT-SP, sobre as eleições na Nicarágua).

Publicou os seguintes livros: Transamazônica (em coautoria com Fernando Morais, 1970, São Paulo, Brasiliense); Sem vergonha da utopia (entrevista com Herbert José de Souza, o Betinho, 1989, Petrópolis Vozes); e os romances Prisioneiro do Círculo (autobiográfico, 1980, Rio, Civilização Brasileira); A Correnteza (1988, Rio, Best-Seller); e Pai Morto, Vivo (2000, Rio, Record).

Em seus arquivos, os originais de Punhal de mel (contos); e Peregrino da Madrugada (poesia. Menção Honrosa/Belo Horizonte,1995).

Faleceu nesta segunda-feira, dia 7 de novembro, aos 78 anos, após longa internação por insuficiência respiratória. Deixou quatro filhos.

O velório será nessa terça-feira (08/11) a partir de 13h30, na Capela 05 do Crematório da Penitência (no Caju). Cremação às 16h30.