06/08/2014
O juiz Reinaldo Moura de Souza, da 2ª Vara do Fórum de Votuporanga, interior de São Paulo, ouviu nesta terça-feira, 5 de agosto, o casal acusado de matar o jornalista Hélton Eduarti de Souza, 28 anos. O servente de pedreiro Adriano Santos Oliveira, 20, e a mulher dele, Vanessa Jaqueline dos Santos, 19, – apontada como cúmplice –, foram ouvidos durante duas horas. A sentença deve ser anunciada em setembro.
Os acusados foram presos em 13 de março pela Polícia Civil de Valentim Gentil e Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga. Durante a sessão o acusado apresentou uma versão diferente daquela prestada durante seu primeiro interrogatório, em março. Ao juiz, o servente disse que brigou com o jornalista e lhe aplicou uma “gravata” para imobilizá-lo, sem a intenção de matar.
“Até então não tinha essa consciência que ele tinha matado quando pegou o carro da vítima pensando em formar um álibi ali de que alguém tinha assaltado o jornalista”, disse o advogado, acrescentando que Adriano pegou celulares e outros objetos e os levou para casa só para sustentar o álibi.
Além dos acusados, foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. No próximo dia 20 deve ser ouvida mais uma testemunha de defesa. Após este depoimento, o Ministério Público e os advogados de defesa vão apresentar as alegações finais e a partir daí o juiz terá 10 dias para dar a sentença.
O promotor de Justiça João Alberto Pereira, responsável pelo caso, apresentou a denúncia como latrocínio, roubo seguido de morte. “O réu é confesso e a pena para este tipo de crime pode chegar até 30 anos de prisão. Ele matou com requintes de crueldade. Peço a pena máxima”, disse o promotor. O advogado Gesus Grecco, que responde pela defesa dos acusados, afirmou que Vanessa, que está grávida, não teve participação no crime e apresentou a tese de homicídio preterdoloso, lesão corporal seguida de morte. “As testemunhas de defesa confirmaram que Vanessa na data do crime estava dentro de casa”, disse ele.
Hélton trabalhou em jornais de Votuporanga (SP), São José do Rio Preto (SP) e Araçatuba (SP). Ele era assessor de imprensa da Santa Casa de Fernandópolis (SP) e morava com a família em Pedranópolis (SP).
*Com informações do G1, TV Record e site Diário Web.