Por Igor Waltz*
25/06/2013
Está marcado para o dia 1º de agosto o julgamento de Evair Peres Madeira Arantes, de 22 anos, o “Baby”, apontado como o assassino do jornalista Auro Ida. O acusado vai ao Tribunal do Júri, por determinação da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1º Vara Criminal de Cuiabá, Mato Grosso do Sul.
O crime aconteceu no dia 22 de julho de 2011. Ida foi assassinado a tiros em frente à casa da namorada, Bianca Nayara, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá. Dois homens teriam se aproximado do casal e pediram para a mulher se afastar. Os criminosos atiraram contra o jornalista, que foi atingido por seis tiros. Auro Ida foi secretário de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá e diretor de Comunicação da Câmara de Vereadores da capital.
Durante o Tribunal do Júri, serão interrogadas seis testemunhas de acusação e outras três de defesa. Outros dois acusados pelo assassinato do jornalista só não serão julgados na mesma data porque o processo foi desmembrado.
Do total de três denunciados pelo Ministério Público Estadual pelo assassinato, Alessandro Silva da Paz, que teria intermediado o crime, e Rubens Alves de Lima, acusado de ter sido o mandante, recorreram e, por isso, o processo foi desmembrado. Rubens é ex-marido de Bianca e teria mandado matar Auro Ida por ciúmes.
De acordo com as investigações, Evair foi contratado para matar Auro Ida por Rubens. Ele está foragido, mas poderá ser julgado à revelia assim que todos os recursos possíveis foram esgotados. Desde que teve a prisão preventiva decretada, ele não foi mais visto no bairro Osmar Cabral, onde morava.
Crime passional
O quarto envolvido, jovem R.A.A., hoje com 18 anos, já está cumprindo atividades socioeducativas no Complexo do Pomeri, onde deve permanecer por até três anos. Assim com Rubens, ele é apontado pelo Ministério Público Estadual como mandante do crime.
O então adolescente era namorado da estudante Pâmela Cristina Bastos, de 18 anos, que, por sua vez, manteve um relacionamento com o jornalista por um período de quatro anos.
As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que Rubens e R.A.A. fizeram uma espécie de “consórcio” para contratar uma pessoa para matar Ida.
Em depoimento prestado à juíza Monica Catarina Perri Siqueira, Pâmela admitiu que R.A.A. sentia ciúmes do jornalista.
*Com informações do G1 e Mídia News