Por Igor Waltz*
25/09/2013
A Justiça de Minas Gerais revogou na última segunda-feira, 23 de setembro, a prisão do empresário Francisco Miranda Rezende Filho, preso desde junho por envolvimento na morte do radialista e jornalista Rodrigo Neto.
Durante as investigações, uma loja do empresário foi apontada como esconderijo da arma, que teria sido usada na execução do repórter. Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a Polícia Civil encontrou no estabelecimento comercial uma submetralhadora nove milímetros, pistolas, espingardas, além de munição de vários calibres e balas de uso restrito das forças armadas, utilizadas em baterias anti-aéreas.
O empresário recebeu o benefício após audiência realizada pela 2ª vara criminal da comarca de Ipatinga, região do Vale do Aço. Com a revogação da prisão, ele poderá aguardar o processo em liberdade.
O caso
O radialista Rodrigo Neto foi assassinado com cinco tiros no dia 8 de março, em Ipatinga. Trinta e sete dias após sua morte, o fotógrafo freelancer Walgney de Assis Carvalho da cidade também foi assassinado em um pesque-pague, provavelmente por queima de arquivo. As investigações resultaram na prisão de mais de 17 pessoas, entre elas policiais e ex-policiais civis envolvidos com o crime organizado.
Os dois crimes desencadearam uma onda de pânico entre os profissionais da área na região, que cobram esclarecimentos quanto ao caso. Neto era conhecido por acompanhar casos polêmicos e cobrar soluções da Polícia Civil para crimes que caíram no esquecimento.
*Com informações do portal G1, R7 e Portal Imprensa.