30/06/2009
Após intenso debate, o Conselho Deliberativo da ABI aprovou nesta terça-feira, dia 30, uma moção de repúdio ao golpe militar em Honduras e reclamou a volta ao poder do Presidente Manuel Zelaya, destituído e deportado para a Costa Rica após ser preso pelos golpistas, que invadiram seus aposentos quando dormia e não lhe permitiram sequer tirar o pijama e vestir roupas compatíveis com a dignidade do cargo que ocupava. O Conselho lamentou que a ação dos militares hondurenhos possa restabelecer o ciclo de golpes de Estado que a América do Sul tinha interrompido há cerca de três décadas.
Decidiu o Conselho que a ABI se dirigirá ao Governo de Honduras reclamando o restabelecimento da legalidade democrática, que constitui uma questão de honra para os povos sul-americanos, após o prolongado período de supressão das liberdades públicas e dos direitos civis iniciado nos anos 60. No entender da ABI, o Presidente empossado pelo Congresso, Roberto Micheletti, é um usurpador, cuja permanência no poder ofende as aspirações de democracia do povo hondurenho.
Participaram do debate, que foi o principal tema da reunião, os Conselheiros Rodolfo Konder, José Pereira Filho (Pereirinha), Pery Cotta, Presidente do Conselho, Ângelo Fernandes, Mário Augusto Jakobskind, Orpheu Salles e Maurício Azêdo, Presidente da ABI.