15/02/2017
A crise que assola o Estado do Rio de Janeiro atinge em cheio o setor de educação. A situação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é preocupante. A universidade afirmou após uma reunião interna na última sexta-feira (10), que suspenderá o início das atividades acadêmicas até que a pauta da comunidade seja atendida pelo governo do estado.
A Associação Brasileira de Imprensa manifestou-se, no último dia 13, através do presidente do Conselho Deliberativo, Ivan Proença, com o apoio do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), em ato de solidariedade em defesa da Uerj contra o que considera estado de penúria, com instalações sucateadas e salários defasados.
“Lamentavelmente, insistem em dizer que a situação da Uerj se deve ao aumento dos gastos salariais com o pessoal, o que é rigorosamente falso. Há muito tempo que a Uerj vem sendo desrespeitada em função do importante papel que sempre desempenhou no processo educacional e de conscientização da juventude universitária”, avaliou Ivan Proença.
Entre as condições mínimas estabelecidas pela reitoria da Uerj para o retorno estão: calendário de repasses de verbas para a manutenção em geral, com previsão de repasse de cota financeira mensal; um plano de regularização dos pagamentos às empresas terceirizadas (manutenção, infraestrutura, limpeza, segurança, lixo e restaurante universitário) e calendário de pagamento de salários, incluindo o décimo terceiro, bolsas estudantis e demais modalidades.
Inicialmente, as aulas na Uerj deveriam ter começado no dia 17 de janeiro, mas foram adiadas sucessivamente. Com o calendário atrasado, a universidade ainda não começou as atividades do segundo semestre de 2016.
O ano letivo deveria ter início nesta segunda-feira (13), mas a universidade anunciou, em nota no site, que, no momento, não há possibilidade de receber a comunidade acadêmica, pois os campi ainda não têm condições básicas de funcionamento.