ABI participa de Sessão Solene da Câmara dos Deputados em homenagem aos 40 anos das Diretas Já


Fotos: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O presidente da ABI, Octávio Costa, e o diretor de jornalismo, Moacyr Oliveira Filho, participaram nesta terça-feira (7) da Sessão Solene da Câmara dos Deputados em homenagem aos 40 anos das Diretas Já.

O requerimento da sessão foi dos deputados federais Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), Marangoni (União-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Zeca Dirceu (PT-PR), Pedro Uczai (PT-SC), Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) e Odair Cunha (PT-MG).

Discursaram na sessão solene, além de Hauly, que também leu uma mensagem de Maria do Rosário, que não pode comparecer por estar retida em Porto Alegre, os deputados e deputadas do PT, Bohn Gass (RS), Carlos Zarattini (SP), Erika Kokay (DF), Arlindo Chinaglia (SP), Rui Falcão (SP) e Airton Faleiro (PA). André Franco Montoro, filho do ex-governador de São Paulo, Franco Montoro, também discursou.

Representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Bispo Auxiliar de Brasília, Dom Denilson Geraldo, observou que o movimento das “Diretas Já” obteve o apoio da Igreja Católica à época.

“A Igreja Católica contribuiu com sua ação evangelizadora com movimentos sociais, políticos e institucionais com diversas ações e documentos eclesiais sobre o aprimoramento das relações democráticas no País”, pontuou.

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, também destacou que a entidade sempre lutou “contra a ditadura e a tortura, e depois pela Anistia e as Diretas Já”. No entanto, Costa lembrou que nem todos os que atualmente celebram os 40 anos do movimento lutaram sempre pela democracia no Brasil.

“Quando falamos em 40 anos das Diretas Já, também temos que falar nos 60 anos do Golpe Militar de 1964. Os dois estão interligados. Assistimos no dia 1º de abril um golpe contra o presidente legitimamente eleito, João Goulart. A grande imprensa apoiou as Diretas Já, mas essa mesma imprensa tinha feito campanha contra João Goulart em 1964 e apoiou o golpe”, relembrou, destacando o caso da Folha de São Paulo, “que além de apoiar o golpe, participou diretamente da repressão, cedendo carros da empresa para o Doi-Codi de São Paulo”, acrescentou.

Para o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Octávio Costa, uma democracia saudável depende da democratização dos meios de comunicação. Ele considera “fundamental ter comunicação pública e comunicação comunitária”.

Veja o pronunciamento do presidente da ABI, Octávio Costa