13/05/2010
A ABI lamenta a morte de dois jornalistas ocorridas nesta primeira quinzena de maio, que deram grandes contribuições ao Jornalismo no exercício das suas atribuições. Um deles é Bemvindo Salles de Campos Neto, que morreu nesta quinta-feira, 13 de maio, vítima de infarto. Era Presidente da Associação Sergipana de Imprensa e da Associação Sergipana de Letras, onde ocupava a cadeira de nº 21.
Paulo Caringi é o outro profissional que deixa uma lacuna no jornalismo brasileiro. Seu corpo está sendo velado no Memorial do Carmo e será enterrado nesta sexta-feira, 14 de maio, às 10h, no Cemitério do Caju. Ele divide com o locutor Leo Batista o furo de reportagem da morte do Presidente Getúlio Vargas, na madrugada de 24 de agosto de 1954.
Segundo a jornalista e pesquisadora da UFF Ana Baum, Paulo Caringi estava com 30 anos de idade e trabalhava na rádio Continental fazendo a cobertura de rua, quando ocorreu o episódio do suicídio de Getúlio Vargas: “Ele era credenciado para acompanhar o presidente da Agência Nacional e pela Emissora Continental”.
Segundo a jornalista, Paulo Caringi estava no Palácio do Catete onde acompanhou uma reunião ministerial. De lá seguiu para o Ministério da Guerra, onde o General Zenóbio da Costa se reuniu naquela manhã com outros oficiais. Conforme relato do próprio Paulo Caringi, durante a reunião alguém passou a informação do suicídio de Vargas para o Ministro: “Alguém soprou para o Ministro que Getúlio se suicidara…Eu estava escondido na cabine, em contato com a rádio e passei a informação. Foi um furo completo, não obstante eu logo em seguida ter entrado em depressão profunda…”.