ABI lamenta morte de Heitor Manoel Pereira, da Aepet

A Associação Brasileira de Imprensa manifestou profundo pesar pela morte do engenheiro Heitor Manoel Pereira, Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Ele morreu neste domingo, dia 9, aos 83 anos, devido a complicações cardíacas. O corpo foi cremado na tarde desta segunda-feira, dia 10, no Memorial do Carmo, no Rio.

Heitor Manoel Pereira nasceu em Recife, em 1925. Ingressou na Petrobras logo no início de criação da empresa e lutou pelo monopólio da estatal e a pesquisa e extração das lavas de petróleo no Brasil. Foi também um grande defensor da soberania nacional e participou de vários eventos na ABI — como o ciclo de palestras Pensando o Brasil, que reuniu em 2006 renomados intelectuais brasileiros para discutir e pensar a conjuntura nacional e foi organizado pela entidade juntamente com a Aepet e o Centro de Estudos para o Desenvolvimento (CED).

Inspiração

A dedicação de Heitor Manoel Pereira na defesa dos interesses nacionais, principalmente em relação ao setor petrolífero, começou nos tempos de estudante em Recife. Em 2003, no artigo “Confronto de teses”, para o livro “Memória dos Trabalhadores — Petrobras”, ele dizia que Monteiro Lobato o ajudara muito a pensar no assunto. Lembrava ainda o período em que as grandes companhias chamadas de Sete Irmãs defendiam a tese de que no Brasil não tinha petróleo e o General Juarez Távora dizia que o País não tinha também capacidade técnica, financeira e econômica para desenvolver uma pesquisa na área.

Heitor Manoel Pereira contava que a chamada Tese de Horta Barbosa — Marechal que dizia “o petróleo ou é do Brasil ou é das grandes companhias” — foi empolgando toda a sociedade — “foi daí que apareceu o movimento O Petróleo é Nosso. E nós, como estudantes, em Pernambuco, nos engajamos nesse movimento. Foi feita uma campanha nacional como nunca se tinha visto na história do Brasil”, escreveu o engenheiro.

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