18/05/2021
“A República nunca havia experimentado um mandatário tão comprometido com a morte e a destruição como esse que aí está. Com a velocidade de duas mil vidas por dia nos aproximamos de 500 mil mortos. É a Nação comandada por um psicopata negacionista.
Diante deste quadro, não é de se espantar que tal governante promova o desmanche da pioneira Universidade Federal da Bahia que mantém, desde 1808, o primeiro curso de cirurgia médica do País. Aliás, um patrimônio inestimável do conhecimento científico brasileiro.
Desgraçadamente, a UFB não é a única instituição de ensino público que está sendo vergonhosamente destroçada por este populista ignorante. Quase todas as universidades públicas vivem a mesma sina cruel. Para nosso desespero, um Instrumento vital de inclusão social, num País tão desigual, nossas universidade mergulharam no caos.
E, o pior: não é por falta de dinheiro. Há recursos. Orçamentos secretos bilionários são utilizados na compra de políticos corruptos e tratores superfaturados. Há recursos suficientes para suspeitíssimas “emendas parlamentares”.
A obsessão, igualmente insana, de um ministro da Economia preocupado com cortes no orçamento público visa tão somente os interesses do mercado financeiro. Sua visão neoliberal é tão estreita que não consegue perceber que a prosperidade só se constrói com educação, qualificação e conhecimento.
Até antes da pandemia começar, Rodrigo Roa Duterte, presidente das Filipinas, era conhecido como o mais sanguinário e falastrão entre os governantes populistas, reacionários e nazistas que ocuparam o poder ao redor do mundo, nos últimos anos. Foi superado – e muito – pelo seu insano colega brasileiro.
Comprometida, desde 1908, com a liberdade de imprensa, a Democracia e o Estado Democrático de Direito, a Associação Brasileira de Imprensa – ABI – nunca teve dúvidas sobre as ameaças que o atual presidente representa para a sociedade brasileira. Em meados do ano passado, ingressamos com um pedido de impeachment. Na época, era o vigésimo sétimo. Hoje, ultrapassam a casa dos cem.
O nosso pleito para retirá-lo do Palácio do Planalto jamais foi considerado pela Câmara Federal. Tentativas de uma conversa com o então presidente da Casa, Rodrigo Maia (ex-DEM-RJ) e o atual Arthur Lira (Progressista- AL) foram solenemente rechaçadas. Isso, para nós da ABI, significa o tamanho da cumplicidade de parlamentares deste naipe com o descalabro que se abateu sobre o Brasil. Infelizmente, a ignomínia também tomou conta da maioria do congressistas.
A ABI não esmoreceu diante de tal quadro. Hoje, articulamos uma ação unificada com as 106 entidades que desejam afastar o tresloucado presidente da República.
Gostaria de deixar consignado aqui que a centenária ABI enxerga o que estão fazendo com as universidades públicas e com o Sistema Único de Saúde não apenas com indignação. Mas, com a convicção de que não podemos cruzar os braços. A luta pela preservação destas e tantas outras conquistas da sociedade brasileira está apenas no começo.
Tirar o genocida psicótico cidadão do Palácio do Planalto é o primeiro passo.
Obrigado a todos,”
Paulo Jeronimo – Presidente da ABI