ABI e ACI prestigiam homenagem a personalidades das lutas pela anistia e direitos humanos


03/07/2022


Por Salomão de Castro, com informações da Assembleia Legislativa do Ceará

 

Foto: Máximo Moura/ Assembleia Legislativa do Ceará

A Assembleia Legislativa do Ceará realizou, nesta segunda-feira (04/07), sessão solene para homenagear personalidades que lutaram pela anistia no período da ditadura militar e pelos direitos humanos no Brasil. Durante a solenidade, 129 personalidades foram homenageadas. Entre elas, políticos, professores, advogados, bancários e trabalhadores de diversas áreas, que contribuíram na luta pela anistia e pelo fim da ditadura, além de personalidades que atuam hoje na defesa dos direitos humanos.

Um dos homenageados foi o jornalista Messias Pontes (in memoriam), que militou contra a ditatura militar e foi um dos principais dirigentes do PCdoB no Ceará, além de membro da Associação Cearense de Imprensa (ACI). O presidente da ACI e membro da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Salomão de Castro, participou da sessão e entregou certificados a homenageados e aos seus familiares.

A solenidade foi realizada atendendo à solicitação do deputado Carlos Felipe (PCdoB), que destacou que, durante a ditadura militar, a luta pela democracia, por uma sociedade mais justa e pelo direito ao voto levou a perseguições em todo o País. “Quantas famílias foram destruídas nesse período?”, questionou. O deputado afirmou que essa solenidade acontece em um momento muito importante e ressaltou “que a liberdade era uma conquista definitiva e que nada ameaçava a democracia.

Uma das homenageadas, a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, falou sobre o contexto de criação, em 1976, no Ceará, do Movimento Feminino pela Anistia. “Esse movimento foi capaz de galvanizar corações e mentes. Não foi só um movimento de estudantes. Foi, principalmente, um movimento de mulheres e não há possibilidade de construir uma sociedade verdadeiramente humana sem a participação das mulheres” acentuou.

Também homenageado, o ex-senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), ressaltou que as pessoas que foram perseguidas defendiam transformações sociais no Brasil para que o povo tivesse segurança alimentar, trabalho, saúde, acesso à educação e outros direitos fundamentais. “Eram essas as nossas razões e são essas as nossas razões nos dias de hoje”, frisou.

O ex-governador Lúcio Alcântara agradeceu a homenagem e destacou a contribuição do jornalista Blanchard Girão (in memoriam) e do escritor e co-fundador do PDT, Papito de Oliveira para a luta pela anistia. E ressaltou que “ser democrata é uma questão de índole, formação moral, temperamento”.

Também estiveram presentes à sessão solene, dentre outros, o deputado federal José Airton Cirilo (PT-CE), a socióloga Zelma Madeira; e representantes da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e da secretaria-executiva de Políticas para Mulheres.