Trajetória de Sérgio Cabral é festejada na ABI


14/08/2008


“Sérgio Cabral é o Rio de Janeiro andando. Ele conhece todas as calçadas desta cidade.” Assim Mário Lago resumiu o perfil do jornalista, escritor, pesquisador e Conselheiro da ABI cuja trajetória é celebrada no documentário “Sérgio Cabral — A cara do Rio”., que será lançado na próxima segunda-feira, 18, a partir das 19h, na sede da Associação (Rua Araújo Porto Alegre, 71 — Centro).

A direção-geral do filme é do jornalista Fernando Barbosa Lima, Presidente do Conselho Deliberativo da ABI. Ele assina com Dermeval Netto e Rozane Braga este título da série “Os grandes brasileiros”, que já homenageou Barbosa Lima Sobrinho, Tancredo Neves, Ziraldo e Darcy Ribeiro:
— Para nós é um orgulho retratar a vida deste personagem que representa de forma definitiva o espírito irreverente, criativo e batalhador do carioca — diz Rozane Braga.

— Sérgio, além disso tudo, é meu amigo e me orgulho disso — completa Fernando Barbosa Lima.

Parentes e parceiros

Apresentado pela atriz Debora Nascimento e pelo pesquisador, escritor e ator Haroldo Costa, o documentário resgata a vida e a obra de Sérgio Cabral, narradas por ele, parentes — a mãe Regina, a mulher Magali e os filhos Sérgio, Cláudia e Maurício —, companheiros de trabalho e parceiros de boemia como o  Presidente da ABI, jornalista Maurício Azêdo, Ziraldo, Nelson Sargento, Paulinho da Viola, Rildo Hora, Martinho da Vila, Leci Brandão, Lan e Roberto Dinamite, entre outros.

O filme revela detalhes da infância no subúrbio, o namoro com Magali, com quem está casado há 46 anos, o início como jornalista, a passagem pelo Pasquim, a militância política e a prisão durante a ditadura, a carreira como produtor de discos e escritor.

Sérgio fala também de seu amor pela cidade — parafraseando o personagem Gonzaga de Sá, de Lima Barreto: “Eu vivo no Rio de Janeiro e o Rio de Janeiro vive em mim” — e da paixão pelo Vasco da Gama, o Partido Comunista e a escola de samba Em Cima da Hora — que o homenageou com um enredo de Fernando Pamplona, em 1997:
— É muito bacana ver sua vida passar em 90 minutos. Nunca tive problemas de rejeição. Mas se tivesse, com certeza, este DVD resolveria tudo — diz Sérgio Cabral, com o costumeiro bom humor.