19/12/2019
O jornalista e escritor paraense Luiz Carlos de Souza Taveira, 60, ganhou menção honrosa no 30º Concurso de Contos Paulo Leminski deste ano com o conto “O Bacurau Troncudo e a Mula-de-padre”. O concurso é reconhecido nacionalmente e é promovido pela prefeitura de Toledo em parceria com a Universidade Estadual do Paraná.
A edição do concurso deste ano contou com a inscrição de 938 contos de escritores de várias regiões do Brasil e até do exterior, como Espanha, Portugal, Estados Unidos, entre outros. O concurso dá prêmio em dinheiro para os três primeiros colocados e para o melhor conto toledano.
O conto do paraense Luiz Carlos Taveira recebeu menção honrosa junto com mais sete contos de escritores de outros locais do país. Luiz Carlos diz que se sente feliz com a conquista, já que se trata de um concurso concorrido e de renome nacional.
Com relação ao conto, o escritor disse que escreveu há 10 anos e resolveu colocar no concurso por ter uma linguagem peculiar. O conto mistura realidade e ficção, com a história de um povo caboclo da ilha do Marajó, uma vez que na infância o escritor viajava com a família para a ilha e se encantava com as histórias e o modo de vida do local.
“Nesse texto eu faço um resgate das histórias que escutava quando criança e misturo com ficção. Mas um ponto importante no texto é quanto a linguística, pois faço questão de colocar um repertório linguístico comum do interior do Pará. E acredito que esse traço foi um elemento determinante, pois é algo que provoca curiosidade”, detalha.
Luiz Carlos é paraense, mas há 25 anos mora no Rio de Janeiro. Ele é jornalista e agitador cultural. Ele já trabalhou na Folha do Norte e atualmente é conselheiro efetivo do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa. Nos anos 70, ele fundou o concurso de contos e poesias da Escola Salesiano do Carmo.
O amor pela escrita surgiu diante de todo esse envolvimento com a cultura. Ele tem como referências Benedicto Monteiro, Paes Loureiro, Claudio Barradas, Rui Barata, entre outros escritores. E está organizando um livro onde pretende contar a saga de sua família, que é judaica, e misturar com a ficção.
“A literatura nos permite isso, podemos fazer essa mistura de realidade com ficção. E para esse novo livro que estou organizando planejo falar da história da minha família, mas no momento estou no processo de levantamento e pesquisa”, destaca o escritor. Para Luiz Carlos falta mais o paraense explorar e se orgulhar de sua regionalidade.
Fonte: oliberal.com